sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Moradores de prédio invadido por caminhão reclamam de transtornos



No último dia 22 de janeiro, Ana Lúcia Santana, de 41 anos, levou o maior susto de sua vida, quando o prédio onde funciona a transportadora Transideal, empresa de sua propriedade, foi invadido por um caminhão.

Ela conta que o caminhão da empresa Novo Horizonte, que presta serviço para a cervejaria Ambev, chocou-se com um micro-ônibus no cruzamento entre as ruas 7 e 37, antes de bater na parede do prédio, derrubando toda a frente do local. Ninguém ficou ferido.

Apesar de o acidente ter acontecido no dia 22, o caminhão só foi retirado do local no dia 30, nove dias depois. Passados 13 dias do acontecido, Ana Lúcia e a proprietária do prédio Valda Moreira, de 32 anos, ainda passam por transtornos.

Os prejuízos de Ana se concretizaram com a danificação de vários produtos da sua transportadora e a impossibilidade de trabalhar. Já para Valda, a situação é mais complicada. Ela aluga a parte de baixo para Ana e mora na parte superior do prédio que, devido ao acidente, está com a estrutura comprometida. Valda e família precisaram deixar o local.

Até a última segunda-feira, Valda, o marido e os dois filhos estavam em um hotel pago pela Novo Horizonte. Ela conta, porém, que um engenheiro designado pela empresa teria feito uma vistoria no local e garantido que o prédio não apresenta perigo para a família, orientando-os a retornar.

“Mesmo eles garantindo, não acho confiável voltar para cá com meus filhos. A estrutura está toda comprometida e não quero correr riscos”, justifica.

A proprietária informa que seu esposo teria entrado em contato com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Maranhão (CREA-MA) e que o órgão teria enviado um engenheiro ao local para fazer uma vistoria. A informação foi negada pelo engenheiro do CREA-MA, Antônio Xavier. Ele alegou que o órgão ainda não havia sido informado sobre o caso.

Em contato com a empresa Horizonte, a reportagem foi informada pelo funcionário responsável por facilitar o diálogo entre a empresa e as proprietárias do prédio, identificado apenas por George, que apenas a Ambev poderia pronunciar-se sobre o assunto.

A Assessoria de Imprensa da Ambev informou que a empresa não tem frota própria para o trabalho de distribuição, utilizando-se para isso de empresas terceirizadas, como a Novo Horizonte e que esta é a responsável pelos procedimentos envolvendo o acidente no Jardim são Cristóvão.

Informou ainda que entre as normas para contratar uma transportadora, a cervejaria exige que a empresa tenha seguro, como é o caso da transportadora em questão, que conta com os serviços da Bradesco Seguros.

A Ambev esclareceu também que está acompanhando o caso e fazendo o possível para que seja resolvido e que a demora deve-se aos procedimentos normais das seguradoras.

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