quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Na chuva, uns se molham, outros aproveitam e ganham dinheiro


Enquanto muitos reclamam dos transtornos causados pelas chuvas que caem em São Luis, outros aproveitam para ganhar um dinheirinho a mais. É o caso dos vendedores e das pessoas quem consertam guarda-chuvas e sombrinhas.

Raimundo Moraes, de 48 anos, há sete comercializa os acessórios entre os produtos que vende em sua barraca na Praça Deodoro, Centro, e diz que as vendas aumentam, consideravelmente, no período chuvoso.

“Quando começa a chover, vendo de 20 a 50 unidades por dia. Cada guarda-chuva custa entre R$ 5 e R$ 15. Dá para tirar uma boa renda sim”, relata.

Para chamar a atenção dos clientes, o vendedor coloca á venda produtos das mais variadas cores e modelos.

“Só dizer que eles precisam se proteger da chuva ás vezes não é suficiente para convencer os clientes a comprar um guarda-chuva. Até porque há muitos vendedores. Muitas pessoas compram mais pela beleza do que pela necessidade. Por isso é importante variar nas cores e modelos”, explica Raimundo Moraes.

Entretanto, os guarda-chuvas e sombrinhas nem sempre são resistentes, a ponto de durar por todo o período chuvoso. E quando eles são danificados? O que fazer?

A solução é procurar um especialista em consertar os objetos, como José da Silva de Lima, de 41 anos. Ele diz que há mais de 10 anos exerce a função e aposta na fragilidade dos acessórios para garantir sua renda.

“Esses guarda-chuvas geralmente quebram rápido, sendo necessário o conserto. Isso porque sai mais em conta consertar que comprar um novo”, conta.

Os valores cobrados por José variam entre R$ 1,50 e R$ 3, dependendo do tamanho do guarda-chuva. Ele diz que trabalhando das 7h ás 18h, chega a lucrar de R$ 30 a R$ 40 por dia.

A justificativa de ganho certo dada por José é confirmada pela aposentada Élgida Gomes Cabral, de 62 anos. Ela diz que, em tempo de chuva, os objetos viram acessórios indispensáveis ao sair de casa, e que prefere mandar consertar uma sobrinha danificada a comprar uma nova.

“O conserto de uma sombrinha quebrada custa em média dois reais e uma nova, de qualidade, chega a custar cinco vezes mais”, justifica.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Moradores do Santo Antonio convivem diariamente com a falta d'água


“É um sacrifício, mas não há outro jeito”, reclama a moradora Maria José, de 52 anos, enquanto lava uma pilha de roupas á beira da Avenida dos Franceses.

Maria José mora na Rua 3 do Conjunto Roseana Sarney, no bairro Santo Antônio e tem que sair de casa e fazer uma caminhada para poder lavar roupa. O “sacrifico” da aposentada deve-se à irregularidade no abastecimento d’água, que segundo os moradores já dura mais de 10 anos.

Assim como Maria, todos as mais de 100 famílias que moram na Rua 3 precisam descer até próximo à avenida para pegar a água necessária ás necessidades diárias.

O morador Valdir dos Santos, de 25 anos conta que foram os próprios moradores que cavaram o local de onde retiram a água da encanação na avenida.

“Como não temos água em nossas torneiras há mais de 10 anos, resolvemos cavar esse buraco para poder tirar água para lavar, cozinhar e beber”, explicou.

O morador conta que antes de os moradores descobrirem o cano á beira da Avenida dos Franceses, era necessário ir até a rodoviária, para pegar água.

Dona Maria conta diz que precisa levantar muito cedo, já que além de lavar roupa, precisa também levar água do cano para cozinhar e beber.

“Desde cedo que estou na luta. Já levei água para casa e agora estou lavando esse monte de roupa. Se não fizer esse esforço, não tenho como lavar minha roupa, cozinhar e até fico sem beber”, reclamou.

O diretor de Operação e Manutenção da Caema, Cristovam Filho, informou que será enviada uma equipe para fazer um levantamento técnico da situação na Rua 3. Com o levantamento em mãos, ele garantiu que as providências serão tomadas para solucionar o problema.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Buraco no meio da rua causa transtornos aos moradores da Vila Mauro Fecury II


Os moradores da Vila Mauro Fecury II, na Área Itaqui-Bacanga estão revoltados com um buraco que se abriu na subida da Rua 3, principal rua do bairro. O problema vem causando transtornos aos moradores.

A principal conseqüência é a mudança no trajeto feito pelo único ônibus que passa por dentro do bairro. O coletivo da linha Vila Nova/Ilha da Paz deixou de subir pela Rua 3 e passar por outras ruas da Mauro Fecury II porque não consegue passar pelo local onde o buraco foi aberto.

O comerciante José Luis Costa, de 52 anos, diz que agora tem que descer na Avenida José Sarney, via que liga os bairros Anjo da Guarda e Vila Nova, e caminhar cerca de 3 quilômetros para chegar à sua residência.

“Quando o ônibus entrava na Mauro Fecury, eu descia na frente de casa. Agora tenho que andar todo esse percurso. Além de ser longe, é perigoso, principalmente à noite”, conta.

O jovem Erick Martins, de 26 anos, diz que quando vai a outro bairro mais distante, procura não chegar muito tarde em casa.

“Eu assim como tantos outros moradores, temos medo de caminhar da avenida até em casa. Temos medo de ser assaltados”, revela.

Além da mudança na linha do ônibus, o buraco tem causado, também, danificações na estrutura de casas que ficam próximas, como é o caso das moradoras Aurenir Rodrigues, de 44 anos e Elisângela Marques, de 34.

“As paredes da minha casa está toda rachada. Tenho medo de que com as chuvas, o buraco aumente e as rachaduras nas paredes também”, diz ela temerosa.

Elisângela Marques foi mais longe e já até colocou uma placa anunciando a venda da casa.

“Não dá mais para continuar morando aqui. Estamos correndo perigo de ficar sem nossa casa”, alerta.

Em nota, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informa que a Prefeitura está realizando obras de pavimentação asfáltica e tapa buracos nas principais avenidas e ruas de diversos bairros da área Itaqui-Bacanga. Os serviços de tapa buracos se encontram agora na Av. Principal do Anjo da Guarda e se estenderão até às ruas da Vila Mauro Fecury II, inclusive a rua 3, já inclusa nesta programação.

Transporte coletivo pode parar na segunda-feira


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA) Dorival Sousa Silva confirmou, na manhã desta terça-feira, 26, que a possibilidade de uma paralisação no transporte coletivo da capital na próxima segunda-feira, dia 1º, é bem real.

O dirigente explicou que a possibilidade de paralisação foi motivada por um ofício encaminhado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), comunicando a impossibilidade de atender a solicitação dos rodoviários em conceder reajuste salarial aos cobradores baseado no novo salário mínimo.

Dorival explica que o pedido de reajuste dos rodoviários é justo, uma vez que, por lei nenhum trabalhador brasileiro pode ser remunerado inferior a um salário mínimo. Atualmente os cobradores ganham R$ 475,00.

Em contrapartida, o SET alega no ofício encaminhado ao Sindicato dos Rodoviários, que o salário-base atual dos trabalhadores, somado com todos os benefícios já superam R$ 510, 00.

No ofício, o sindicato relaciona mais dois motivos pelo qual não pode conceder o reajuste salarial aos cobradores. O primeiro é que a data base, onde serão analisadas e discutidas todas as questões do setor, incluindo a salarial, ocorrerá em maio. O segundo motivo alegado pelo SET é a que a situação econômica das empresas não permite qualquer aumento de custo.

Dorival informou que após saber da decisão do SET, algumas empresas, que pagaram os cobradores com base no aumento do salário mínimo, já teriam avisado aos mesmos que o reajuste será descontado nos próximos meses.


Uma assembléia geral dos rodoviários está marcada para a próxima quinta-feira, 28, quando será confirmada, ou não, a paralisação.

“Caso seja confirmada na assembléia geral, será respeitado o prazo de 72h até o início da paralisação, que deverá ser iniciada no dia 1º”, conclui Dorival Sousa Silva.

Sujeira pós-carnaval toma conta do Cohatrac


Desde o início do período pré-carnavalesco, as manhãs dos domingos e segundas-feiras em alguns bairros de São Luis tem sido de muita sujeira nas ruas e reclamação de pessoas que moram próximo aos locais em que os blocos passam.

O bairro do Cohatrac é um dos locais em que mais se observa o acúmulo de lixo espalhado pelas ruas. Até por volta das 10h da manhã desta segunda-feira, 25, a Avenida Contorno Sul, um dos principais corredores da folia no bairro, encontrava-se totalmente tomada pela sujeira pós-carnavalesca.

A comerciante Ivonete Machado, de 44 anos, reclamava da sujeira deixada pelos brincantes e vendedores ambulantes.

“Como se não bastasse a sujeira que os brincantes deixam, ainda vem esses ambulantes, que além de não pagarem imposto e prejudicarem a nossa venda, ainda deixam na porta dos nossos pontos todo o lixo que produzem”, diz revoltada a dona de bar.

Como os agentes de limpeza ainda não haviam passado na rua, os próprios comerciantes e moradores é que tiveram que limpar parte da sujeira deixada pelos blocos carnavalescos, pelo menos a parte que se acumulou na frente de seus estabelecimentos.

“Pagamos nosso imposto direitinho e ainda temos que gastar dinheiro com sacos de lixo, além do nosso esforço para limpar essa imundice deixada na frente dos nossos estabelecimentos”, indigna-se Ivonete.

Todos os comerciantes e moradores da Avenida Contorno Sul reclamavam da imundice pós-carnavalesca, porém, ninguém foi mais prejudicada que a moradora Conceição de Maria, de 57 anos. Ela tem um restaurante no local e diz que o mau cheiro de lixo e urina que exala por toda a via incomoda tanto que afasta os clientes.

“Tenho esse restaurante há mais de dois anos e todo período de carnaval é a mesma coisa. A sujeira toma de conta da rua todas as manhãs de domingo e segunda. Tenho que limpar para melhorar um pouco a situação desagradável. Isso acaba afastando meus clientes”, reclama.

Em nota, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informa que está seguindo a programação de limpeza, realizada no dia seguinte às festas dos blocos nos bairros, Informa ainda que enviará um fiscal aos bairros do Cohatrac e Vinhais, para identificar o problema citado na matéria e tomar as providências necessárias.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Jovem morre em acidente violento na BR-135


O jovem Luis Fernando Costa Mendes, de 20 anos morreu na tarde deste domingo, 24, em um acidente envolvendo seu carro e um ônibus coletivo no Km 13 da BR-135, na altura do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A vítima conduzia um automóvel Fiat Stilo, de placa NMP-1428 em direção à saída de São Luis.

De acordo com informações de testemunhas, o ônibus da empresa Gonçalves, que saía de um posto de combustível, fez um retorno proibido e o carro que Luis Fernando dirigia colidiu violentamente na parte lateral do coletivo. A batida foi tão forte que deixou a frente do automóvel totalmente estraçalhada.

Testemunhas disseram ainda que a vítima dirigia em alta velocidade. Luis Fernando encontrava-se sozinho no carro. Ele morreu na hora.

O motorista do ônibus, que também estava sozinho no veículo, fugiu do local do acidente, antes da chegada da polícia. Ele teria entrado no matagal na encosta da BR-135.

Especialistas alertam sobre a incidência de caravelas nas praias ludovicenses


O período de férias é sinônimo de muita diversão em variados pontos da cidade, principalmente nas praias. Porém, quem pretende tomar aquele banho de mar, deve tomar cuidado com dois dos animais marinhos mais comuns no litoral ludovicense e que causam sérias queimaduras na pele: as caravelas ou água-viva.

A Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) por meio do Grupamento de Salva-vidas, alerta que as caravelas aparecem com mais freqüência nas praias de São Luis entre os meses de janeiro e agosto, tendo, portanto grande incidência no período de férias.

O biólogo e professor da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) Maurício Mendonça explica que o aumento da incidência de caravelas nas praias da capital maranhense deve-se à dois motivos principais: á ocorrência de correntes marítimas e por ser o tempo propício para o período reprodutivo dos animais.

Mendonça conta que um estudo coordenado pelo também biólogo e professor da Ufma Jorge Luis Silva Nunes, mostra que o aumento de caravelas é observado entre os meses de outubro e dezembro, portanto o período de maior ventania no litoral maranhense.

O estudo mostra ainda que a incidência dos animais entre outubro e dezembro é até maior que nos meses de janeiro e fevereiro.

“O aumento de acidentes com caravelas registrados no período de férias, nos meses de janeiro e fevereiro, deve-se ao fato de que esse é o período em que aumenta o fluxo de pessoas nas praias e não porque há o aumento dos animais, o que é registrado até dezembro”, explica.

De acordo com dados do Grupamento de Salva-vidas Municipal, nas férias, são feitos de 10 a 15 atendimentos envolvendo queimadura de caravelas, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, domingos e feriados os casos atendidos nos postos de médico com esse tipo de queimaduras chegam a uma média de 80 pessoas.

O coordenador do Grupamento Valmir Barros, dá algumas dicas de como proceder em caso de queimadura por caravelas.

Procedimentos:

- Lavar imediatamente com água do mar fria ou com vinagre. Pode colocar bolsa de gelo sobre o local.

- Não usar água corrente, mineral ou filtrada. A água doce ajuda a espalhar as toxinas da caravela, aumentando a queimadura.

- Não utilizar pomada, hidratante ou protetor solar no local queimado e nem cobrir a parte afetada.

- Procurar o posto de salva-vidas mais próximo.

Valmir Barros informa ainda que a Guarda Municipal mantém postos salva-vidas nas praias da Ponta d’Areia e Olho d’Água.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Cuidado! Espuma de carnaval causa traumatismo ocular!


É tempo de carnaval! Tempo de muita alegria e festa em todos os cantos da cidade! É tempo de serpentina, confetes, maizena e espuma em spray, artigos que já fazem parte da festa de momo, não só em São Luis, mas em todo o país.

Dentre esses artigos, a espuma em spray e a maizena, que à primeira vista parecem apenas artigos complementares da folia, totalmente inofensivos, são na verdade dois vilões para os olhos dos brincantes. Quem garante o mal que os produtos podem causar é o oftalmologista Roberto Amaral.

Ele diz que durante o período carnavalesco é comum ocorrer uma série de acidentes oculares, principalmente com pessoas que usam lentes de contato como assessório do figurino festivo.

Roberto Amaral acentua que dentre os dois produtos, a espuma é a mais prejudicial à saúde dos olhos.

“A maizena é o amido do milho e teoricamente não traz tantas complicações, pois o amido é um produto orgânico e se degrada em glicose, causando no máximo uma ligeira irritação. Porém as espumas são produtos químicos que podem levar desde uma simples irritação a queimaduras mais graves, podendo gerar até um traumatismo ocular”, explica.

Além desses problemas, Amaral alerta ainda que as espumas e qualquer outra impureza, os chamados corpos estranhos, podem ocasionar uma conjuntivite bacteriana.

Para o oftalmologista, o que há é um total desconhecimento das pessoas a respeito dos riscos que as substâncias trazem, e principalmente a falta de informação nas medidas a serem tomadas quando sofrerem algum problema causado pelos produtos.

Providências


Para que o brincante possa aproveitar a folia e evitar acidentes com os produtos ou mesmo saber o que fazer no caso de uma possível complicação, Roberto Amaral dá algumas dicas.

Sem lentes de contato

Em caso de irritação, o cuidado inicial, segundo o oftalmologista, é lavar os olhos com água corrente em abundância.

“A pessoa deve pôr a cabeça em baixo de uma torneira e lavar os olhos com muita água. Caso não encontre uma torneira, o brincante pode utilizar uma garrafinha de água mineral mesmo”, orienta.

Logo após a primeira lavagem, a pessoa deve sair da brincadeira, até porque a irritação vai continuar. Em casa, deve completar a lavagem e fazer compressas frias, isso enquanto não procura um oftalmologista.

Se o folião quiser usar algum colírio, Amaral explica que os únicos que podem ser utilizados nesse caso são os colírios á base de lágrimas artificiais, pois são lubrificantes, não contendo qualquer contra-indicação, possibilitando a lubrificação dos olhos e diluindo as substâncias poluentes.

Com lentes de contato

Para as pessoas que utilizam lentes de contato, o médico recomenda que ao sair de casa, leve consigo um kit lente de contato, contendo estojo para guardar a lente em caso de retirada e uma solução multiuso para a limpeza das lentes.

Em caso de irritação, o primeiro passo é retirar a lente de contato antes de lavar os olhos, pelo risco de gerar uma irritação maior. O oftalmologista orienta ainda que para diminuir o contato com as substâncias e evitar irritações ou mesmo uma lesão, os brincantes possam ir para a festa de chapéu, boné ou viseira.

Peixes e tartaruga são encontrados mortos nas praias de São Luís


O aparecimento de uma tartaruga marinha e de alguns peixes mortos acendeu o alerta sobre a mortandade de animais na orla marítima de São Luis.A tartaruga foi encontrada na última terça-feira, na praia do Meio e na manhã desta quinta-feira, alguns peixes apareceram mortos espalhados na areia da praia do Olho d’Água.

O analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Linus Silva, informou que os peixes observados no Olho d’Água podem ter caído em armadilhas colocadas por pescadores e ter sido descartados e jogados na areia da praia. Outra possível causa, segundo o analista ambiental pode ser a poluição das águas.

Em relação à tartaruga marinha, a analista ambiental do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Setas), Taciana Gama, informou que as causas mais prováveis são afogamento e obstrução intestinal por ingestão de sacos plásticos.

“Para encaminharem-se à terra firme, as tartarugas precisam estar debilitadas. Isso acontece quando ficam presas em redes de pescas, ou quando ingerem sacos plásticos e têm o intestino obstruído. Dessa forma, a morte da tartaruga encontrada na praia do Meio, pode ter sido causada por debilitação ocasionada a partir de um desses acidentes”, explicou Taciana.

Estrada da Vitória está quase intrafegável


Moradores, motoristas e pessoas que transitam pela Estrada da Vitória, no bairro do Parque Vitória reclamam das péssimas condições da pavimentação da via.

Os moradores afirmam que há mais de 4 anos a estrada está em condições quase intrafegáveis. Eles dizem ainda que durante esse período vários reparos já foram feitos, mas que, em pouco tempo, os buracos voltam a aparecer.

O morador e taxista Henrique Torres, de 41 anos, conta que sempre presencia acidentes no local e que por causa das irregularidades em toda a extensão da via, é normal o aparecimento de danos nos carros.

“Como tenho sempre que passar por aqui, acabo danificando meu carro e sempre tenho que fazer manutenção”, reclama.

Dono de uma oficina, em frente ao ponto mais crítico da Estrada da Vitória, José Ricardo dos Santos, de 35 anos, diz que por causa dos buracos e do lamaçal que se forma no local, o lucros diminuem.

“Pode até parecer que lucro com esses problemas, devido ao fato de normalmente acontecerem problemas com carros aqui. Porém com esse lamaçal que se formou, nenhum carro quer estacionar. O resultado é a redução de clientes”, conta.

Ele relata que com o problema perdeu cerca de 70% da sua clientela.

A preocupação dos moradores do Parque Vitória aumenta à medida que o período chuvoso se aproxima.

“A situação aqui está um caos. E o pior é que sabemos que ainda pode piorar. Quando começar a chover vai ser um verdadeiro inferno”, prevê José Ricardo.

Em nota a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informa que as obras foram paralisadas por motivos técnicos e imperfeições no solo. A obra, que incluirá serviços de drenagem e pavimentação, terá inicio na Avenida Principal da Estrada da Vitória (entrando pela Av. São Luis Rei de França), numa extensão compreendendo cerca de 1 km de via. Porém a secretaria não informou a data para reiniciar os serviços.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Moradores do João de Deus fazem abaixo-assinado contra líder comunitário


Cerca de 80 moradores da Rua São Francisco, no bairro João de Deus, acompanhados da líder comunitária Fátima Araújo, estiveram na última segunda-feira, 18 na sede da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) com um abaixo assinado contendo 269 assinaturas que foi entregue ao secretário Cláudio Carvalho.

No documento, que também foi entregue ao 12º Juizado Especial Cível do Bairro João de Deus, os moradores reafirmam não reconhecerem a representatividade do Conselho Comunitário presidido por Francisco Loredo Sousa, assim como pedem que ele “deixe a líder comunitária Fátima Araújo os representar”.

A Semosp confirmou a entrega do documento e a reunião do secretário Cláudio Carvalho com Fátima Araújo e representantes dos moradores, porém não informou se a reunião e o abaixo assinado vai gerar algum novo desdobramento no caso.

Entramos em contato com o presidente do Conselho Comunitário, mas ele não foi localizado para falar sobre o assunto.

Ketchup e maionese deverão ser servidos somente no sachê


Uma equipe de fiscais da Vigilância Sanitária Municipal esteve durante toda a manhã desta segunda-feira, 18, na Praça Deoodoro, Centro, fazendo um trabalho de fiscalização e advertência em lanchonetes e vendedores ambulantes acerca da maneira correta de servir molhos, como ketchup e maionese. Os produtos só podem ser servidos em sachês individualizados e não mais em potes (bisnagas), como tradicionalmente acontece.

A determinação foi instituída pela Lei Municipal Nº 5.160 / 10/2009. A lei trata sobre o fracionamento e a manipulação de produtos comestíveis como temperos, condimentos, molhos, entre outros, servidos em lanchonetes e pontos similares.

A fiscal sanitária e engenheira de alimentos Patricy Ranzolin informou que a ação desta segunda-feira foi apenas educativa, mas que foi dado um prazo de 48h para que os estabelecimentos que ainda não se adequaram a norma, possam ter sua situação regularizada.Caso isso não aconteça, os proprietários dos pontos comerciais podem ser multados ou até ter o estabelecimento interditado.

“Estamos apenas alertando, mas se houver algum caso de perigo muito grande à saúde pública, o estabelecimento será interditado”, explicou.

A fiscal disse ainda que a própria população quem deve exigir dos estabelecimentos o uso dos sachês.

“Quem sofrerá as conseqüências da falta de higiene ocasionada pelo uso das bisnagas para servir molhos é a população, portanto, deve ser ela a primeira a exigir. Porém temos percebido que muitas pessoas ainda reclamam do uso dos sachês e preferem as bisnagas. Infelizmente, a população ainda não tem a noção exata do perigo que isso representa para a saúde”, alerta Patricy.

Para o vendedor ambulante Luis Ferreira da Silva, de 32 anos, a troca das embalagens convencionais pelos sachês é muito importante, pois representa mais higiene na manipulação dos produtos.

“Trabalho aqui na Deodoro há mais de 10 anos. Sempre usei as bisnagas para servir ketchup, maionese e mostarda, mas vou passar a utilizar os sachês a partir de agora, pois evita o cúmulo de bactérias”, disse.

Asfalto cede e prejudica trânsito na Avenida São Marçal, no João Paulo



Motoristas e vendedores reclamam das irregularidades no asfalto da Avenida São Marçal, especialmente nas proximidades da feira do João Paulo. O problema tem aumentado o congestionamento em uma das vias que tem o trânsito mais caótico da capital.

O comerciante Gilberto Lima, de 60 anos, vende roupas na calçada da Avenida São Marçal há vários anos e diz que por causa do asfalto esburacado, o engarrafamento é algo já tradicional no local e que isso acaba prejudicando sua atividade.

“Como os carros levam horas para passar por esse buraco, a minha venda é prejudicada porque impede que os clientes se aproximem para olhar e comprar as roupas que vendo”, reclama.

Os motoristas também se dizem prejudicados com a situação da Avenida São Marçal. A reclamação maior parte dos motoristas de ônibus.

“A gente tem horário para cumprir e com esse engarrafamento fica difícil!” disse revoltado um motorista que não quis se identificar.

Em nota a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que já realizou reparos na pavimentação asfáltica em toda a Avenida São Marçal, no João Paulo. Quanto ao afundamento do asfalto verificado nas imediações da feira do bairro, trata-se de um problema ocasionado por um vazamento subterrâneo na tubulação de água da Companhia de Saneamento Ambiental do maranhão (Caema) que infiltra e danifica todo o serviço realizado.

A Semosp informou ainda que enquanto a situação não for solucionada pela Caema, nada poderá ser feito em definitivo pela Prefeitura. Para tentar resolver provisoriamente o problema, a Secretaria de Obras vem colocando pedras no local danificado, visando proporcionar uma compactação simples e amenizar os transtornos na área.

O diretor de Operação e Manutenção da Caema, Cristovam Filho informou que os reparos para solucionar o vazamento na Avenida São Marçal forma iniciados ainda na noite do último domingo, 17, porém como o local é uma área de trânsito intenso, o serviço só poderia ser concluído durante a noite desta segunda-feira.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Moradores da Rua São Sebastião no bairro do Coroado pedem socorro


“Vivo só de portas fechadas por causa desse mau cheiro”. A reclamação é da moradora Altiva Gonçalves, de 66 anos. Ela mora na Rua São Sebastião, no bairro do Coroado e sua casa fica praticamente escondida devido a um imenso lixão que se formou há mais de um ano no local.

A frente da casa de dona Altiva não é o que se pode chamar de uma bela vista. Além da grande montanha de lixo, uma poça de água suja, vinda de um cano de esgoto quebrado, foi formada no local virando também depósito de lixo e aumentando os transtornos à moradora e aos seus familiares.

“Na hora das refeições é aquele sofrimento. Mesmo com as portas fechadas, o mau cheiro incomoda e atrapalha uma das horas mais sagradas de uma família. Isso sem falar nas moscas que são atraídas para a minha casa”. É um verdadeiro tormento”, reclama.

Ela diz temer ainda que com a chegada do período chuvoso, a poça de água suja cheia de lixo aumente, transborde e acabe invadindo sua residência.

Outra moradora prejudicada com o mau cheiro vindo do lixão e do esgoto é Teles Paiva, de 18 anos. Isso porque na sua casa funciona uma pequena mercearia.

A situação de abandono da Rua São Sebastião, porém, vai além do grande acúmulo de lixo e da água suja.

O cano do esgoto, quebrado há mais de um ano, está desde esse tempo abandonado no meio da rua, atuando como mais um obstáculo no local que nunca teve a mínima condição de infra-estrutura. Além disso, a água do esgoto escorre no meio da via.

Moradores reclamam que a rua transforma-se em um verdadeiro mar de lama durante o período chuvoso e que isso os impede até de sair de casa.

“Isso aqui fica uma verdadeira nojeira quando chove. É tanta lama que fica até difícil andar pela rua. Ficamos prisioneiros dentro de casa”, lembra uma moradora que não quis se identificar.

Devido à situação irregular na infra-estrutura da Rua São Sebastião, até mesmo a ação da polícia fica comprometida. Moradores dizem que quando alguma viatura vai ao local não consegue percorrer toda a extensão da rua por causa das condições trafegáveis inexistentes na via.

Essa impossibilidade na entrada da polícia na rua tem, segundo os moradores, aumentado a insegurança de todos.

A moradora Denísia Assunção, de 27 anos conta que devido à situação de abandono da Rua São Sebastião, há muitas casas para vender no local, mas ninguém quer comprar.

“Quem vai querer morar numa rua desse jeito?”, indaga.

Em nota a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SEMOSP) informou que está realizando um planejamento para programar a nova etapa de serviços da Operação São Luís Trafegável, em outros trechos da cidade. O planejamento está também redimensionando as equipes para atender as demandas em todo o município.

A secretaria informa, entretanto, que está dando continuidade aos serviços já planejados, para cumprir a programação de serviços de tapa-buracos, nos corredores percurso de ônibus e outras ruas da capital, como a Rua São Sebastião, no Coroado, citada na matéria.

Com relação ao acúmulo de lixo no local, a Semosp informa que vai enviar uma equipe de agentes de limpeza para fazer a retirada do lixo da rua.

O diretor de Operação e Manutenção da Caema, Cristovam Filho informou que será enviada uma equipe para fazer um levantamento técnico da situação na Rua São Sebastião, para que sejam tomadas as devidas providências.

Depois de impasse acervo de cartório é transferido


Após um longo impasse durante a manhã da última segunda-feira, foi realizada no período da tarde a transferência dos livros notarias e outros documentos do acervo do cartório do 3º Tabelionato de Notas de São Luis, localizado à Rua Direita, Nº 402, no Centro, para a nova sede, na Praça Deodoro, Nº 42, Centro.

O impasse deu-se depois que o antigo dono do cartório, José Maria Pinheiro Meireles, sabendo de uma ação judicial que determinava a liberação do acervo para o novo titular, o ex-juiz federal Osiel Sousa, resolveu trancar-se no prédio do tabelionato, durante toda a manhã e impedindo a posse.

Como o antigo representante se negava a liberar o acervo, a polícia e uma comissão nomeada pelo juiz Sebastião Joaquim Lima Bonfim, foram até o local para resolver a situação e levar o material ao novo endereço.

Para entender o impasse e a recusa de Meireles em atender a decisão judicial, basta dizer que o tabelionato é um negócio altamente rentável. Apenas o cartório em questão fatura, algo em torno de R$ 250 mil por mês.

José Meireles trabalhava como tabelião interino no cartório, isso porque a Constituição de 1988 determina que para ocupar cargo de dono de cartório é necessário ser aprovado em concurso público.

"É lamentável que ainda haja necessidade de se recorrer à decisão judicial para tomada do acervo. Isso pertence, na verdade, ao Estado. Não pertence ao particular", afirmou Osiel Sousa, que passou em primeiro lugar no concurso feito pelo Tribunal de Justiça.

Mutirão de limpeza falhou e o lixo continua nas ruas


Mesmo com o fim do prazo estipulado pela Secretaria Municipal de Obras (Semosp) para que o “Mutirão da Limpeza” retirasse toda a sujeira que se acumulou nas ruas de São Luis, nas últimas semanas, muito lixo ainda podia ser visto em vários pontos da capital na manhã desta segunda-feira.

Nos bairros da Vila Palmeira, Cidade Operária, Cohatrac, Barramar e Vinhais ainda podiam ser visto o acúmulo de sujeira. O “Mutirão da Limpeza” iniciado pela prefeitura na última quinta-feira previa o recolhimento de todo o lixo espalhado pelos bairros. Para isso, a Semosp deu um prazo para que as empresas que fazem a coleta na capital cumprissem a meta. O prazo terminou no domingo.

O secretário adjunto da Semosp, Ricardo Medeiros, havia informado que, caso as empresas não cumprissem a meta até o prazo, poderiam ser penalizadas com a rescisão dos contratos. Segundo Medeiros, as empresas teriam desacelerado o serviço de coleta, o que teria gerado o acúmulo de lixo. Essa demora na coleta seria uma forma de pressionar a prefeitura a rever os valores dos contratos.

Em entrevista concedida a O Imparcial, na última sexta-feira, o secretário garantiu que “a prefeitura não vai ceder à pressão das empresas”, e que estas poderiam ter o contrato rescindido. Entretanto, mesmo com essa promessa, até o fechamento desta edição não havia nenhuma informação oficial da prefeitura sobre rescisão de contrato com as empresas.

A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou, porém, que o mutirão de limpeza prossegue por toda a cidade, realizado por agentes de limpeza das empresas contratadas, visando reduzir o acúmulo ocorrido nos últimos dias. Informa ainda que a coleta de lixo residencial voltou a normalidade.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Asfalto irregular virou lagoa há mais de 10 anos no Turu


Os moradores da Rua Euripedes Bezerra, no Jardim Eldorado / Turu viram ao longo dos anos, um trecho da via com asfalto irregular, transformar-se em uma verdadeira lagoa.

A moradora Roberta Santana, de 37 anos diz que o problema existe há mais de 10 anos. Ela diz ainda que a água que empoçou no meio da rua vem das piscinas das casas, quando estas são limpas.

Como não tem para onde escoar, devido à ausência de galerias na rua, a água que vem das piscinas formou um grande aguaceiro no buraco formado pela irregularidade no asfalto.

A moradora disse também que para não ver a água invadir sua casa, teve que fazer uma barricada com algumas pedras na frente e ao lado de sua casa e mandar colocar entulho no buraco.

“Quando chove, a água chega a bater na parede da minha casa, já tive que trocar o reboco várias vezes. Tenho medo de que chegue a invadir”, reclama.

Vendo o período chuvoso chegar, ela diz que já está se preparando para muita ter muita dor de cabeça.

“Vai ser aquele inferno de todos os anos. Vou ter que me preparar para evitar que a água entre em casa”, prevê.

Roberta trabalha fornecendo quentinhas, porém revela que seu maior sonho é transformar sua casa em um pequeno restaurante. Esse sonho torna-se inviável, segundo ela, pelo problema que existe na rua.

“Como vou montar meu restaurante aqui com essa rua imunda desse jeito? Quem vai querer freqüentar meu estabelecimento com essa vista na frente?” indaga revoltada.

A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que na próxima semana serão feitos serviços de compactação de pedras, nos locais danificados da Rua Eurípedes Bezerra, no Jardim Eldorado/Turu. Em seguida, serão realizados serviços de micro-revestimento asfáltico na via.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sujeira na feira da Cidade Operária


Água suja descendo ao lado de mercadorias alimentícias, pouco espaço, mercadorias mal conservadas e falta de higiene e organização por parte de feirantes. Essa é a situação da Rua Este (frente da feira da Cidade Operária.).

As reclamações partem de todos os lados. Feirantes dizem que eles próprios têm que limpar a rua e colocam entulho para melhorar a situação. Consumidores reclamam da falta de higiene dos feirantes e da má conservação das mercadorias.

“Essa água suja que passa ao lado dos nossos pontos de vendas atrapalha muito. E o pior de tudo é que nós é que temos que limpar, porque a prefeitura não está nem aí. Eu mesmo já mandei colocar quatro carradas de entulho”, reclama o feirante Léo Gomes Correia, de 56 anos.

Ao longo do local onde ficam os peixeiros e verdureiros, o que se vê são restos de alimentos espalhados. Com a água das primeiras chuvas que já começaram a cair em São Luis, o local está um verdadeiro mar de sujeira.

A aposentada Domingas Sousa, de 76 anos diz que faz suas compras diariamente na feira e reclama da falta de higiene dos feirantes e da falta de limpeza por parte da prefeitura.

“Eles (os feirantes) jogam tudo que sobra aí no chão. Como a prefeitura não manda limpar, fica essa sujeira aí. E isso porque deu apenas algumas chuvinhas, imagina quando chover de verdade. Isso aqui vai ficar uma imundice”, alerta.

Impasse

As duas instituições que representam os feirantes da Cidade Operária reclamam dos vendedores que ficam na frente da feira.

O presidente da Cooperativa dos Feirantes da Cidade Operária (COOFECO) Josivan da Cruz, diz que entregou um requerimento solicitando da Secretaria Municipal de Abastecimento, Pecuária e Agricultura (Semapa) a retirada dos feirantes da avenida em frente à Feira da Cidade Operária.

Cruz alega que os vendedores estão em local inadequado, atrapalhando o trânsito, além de não terem nenhuma higiene na sua atividade.

Já o diretor da Associação dos Feirantes da Cidade Operária (AFECO) Joelton Pinheiro, diz que os feirantes do lado de fora da feira são “invasores” e que trabalham totalmente irregulares.

Os feirantes alegam que o espaço dentro da feira é pouco e que as taxas cobradas para a permanência deles no local são muito altas.

A Secretaria Municipal de Abastecimento, Pecuária e Agricultura (Semapa) informou que a administração da feira da Cidade Operária é de responsabilidade da Cooperativa de Feirantes e que, portanto cabe a essa instituição a função de organizar e zelar pela feira.

Quanto à limpeza da frente da feira, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que a coleta de lixo no local é feita diariamente sempre no período da noite.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Lixo continua se espalhando pela cidade; moradores não param de reclamar


As reclamações sobre de lixo acumulado multiplicaram-se nesta terça-feira, 5, por toda São Luis. Avenidas, ruas, praças e portas de casas transformaram em verdadeiros depósitos de sujeira.

O problema é decorrente da interrupção na coleta ocorrida no período de ano novo. A conseqüência dessa interrupção foi muito lixo e mau-cheiro espalhado por toda a cidade.

Na Rua Agostinho Torres, no bairro do João Paulo, uma montanha de lixo apareceu. Segundo moradores, a coleta não é feita há mais de 15 dias. O mau-cheiro toma conta de toda rua e incomoda todo mundo.

Porém, ninguém é mais incomodado com o problema do que o alfaiate José Santos, de 73 anos. O lixão fica ao lado da sua alfaiataria e ele diz que teve que reduzir o seu expediente por causa dos males gerados pela grande quantidade de lixo.

“Eu nem trabalho mais o dia todo, porque com esse fedor que vem desse lixo passo até mal. Isso sem falar das moscas que são atraídas para a minha alfaiataria”, reclama.

Ele conta que antes a coleta na rua era feita de três em três dias.

“Com a coleta não sendo feita há mais de 15 dias, o resultado só poderia ser essa montanha de lixo aí”, conclui Santos.

Além do mau-cheiro e das moscas, o acúmulo de lixo traz outra preocupação para os moradores da Rua Agostinho Torres. É que a quantidade de lixo acumulado é tanta que ameaça entupir o bueiro responsável por escoar a água da chuva.

“As chuvas já começaram. Se não recolherem esse lixo, ele vai entupir o bueiro e não vai ter por onde escoar a água”, alerta um morador.

Além do João Paulo, outros pontos da cidade amanheceram repletos de lixo. Nos bairros Cidade Operária, Jardim América do Norte, Camboa e Retiro Natal, moradores reclamam do incômodo problema.

Na Maiobinha, os moradores encontraram até uma vaca morta num lixão ao lado da Escola Professor Inácio Rafael.

Em nota a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que está com equipes extras distribuídas em diversos setores da capital, para realizar os serviços de coleta de lixo. Informa, ainda, que para acelerar o trabalho, a Semosp está, inclusive, contanto com o apoio de trabalhadores da Coliseu nessa operação. A Rua Agostinho Torres, no João Paulo, está incluída na programação de limpeza do órgão.

Um sonho de "Liberdade"!


Uma criança brincando com seu pequeno helicóptero de brinquedo na Praça do Viva da Liberdade. Uma cena normal, não fosse a situação de medo e insegurança vivida pelo bairro nos últimos dias. Por causa de briga entre gangues, o Batalhão de Choque da Polícia Militar teve que ocupar o bairro na manhã dessa segunda-feira, 4.

Em meio a presença de carros e motos da PM, a criança na sua inocência apenas brincava com seu brinquedo. A cena contrastava com a tensão vivida pelos moradores com a situação de guerra em que o bairro se encontra.

Sem ter a noção exata do que representava a presença de tantos policiais, o pequeno parecia admirado com a situação. Talvez relacionando a cena com algum filme de super-heróis que tenha assistido.

Ao ver a patrulha policial percorrer algumas ruas do bairro, o menino pediu para entrar em uma das viaturas. Com a permissão dos PMs, ele entrou no carro da polícia e fez o trajeto com o policial sem demonstrar nenhum medo. Definitivamente, o dia de tensão da Liberdade foi um dia de aventura para ele.

Insegurança e esperança

Alguns moradores ainda receosos disseram não sentir-se seguros com a presença da polícia no bairro.

“Só a presença da polícia não garante a segurança. Até porque sabemos que eles só vão ficar aqui até as coisas esfriarem”, disse um morador que não quis se identificar.

Para Raimundo Vieira, de 79 anos, um dos moradores mais antigos do bairro, a situação na Liberdade sempre foi de medo e insegurança.

“Moro na Liberdade há 55 anos e nesse tempo todo já presenciei muita bandalheira”, conta o aposentado.

Outros moradores acreditam que o problema do bairro vai além do aumento da presença de policiais nas ruas. Alguns dizem que o a situação poderia ser melhor se fosse melhorada a educação de crianças e jovens.

Eles citam a criação de locais onde crianças e jovens pudessem exercitar sua criatividade através da arte ou outra coisa que lhes dêem prazer, como exemplo de um meio para afastá-los do mundo das drogas e violência.

No limite do medo e da incerteza quanto ao futuro do bairro, mais ainda demonstrando esperança, um morador exclama: “Só Deus para ter piedade de nós! Mais ainda sonho com liberdade de verdade no nosso bairro!”.

O Comandante do Batalhão de Operações Especiais (BME) Coronel Flávio de Jesus afirmou que a polícia deve permanecer no bairro por tempo indeterminado.