sexta-feira, 30 de abril de 2010

Aluna é impedida de assistir aula por causa de uniforme


Pais de alunos da Unidade Integrada Professora Maria Pinho, da rede estadual de ensino, localizada no bairro do Cohatrac, denunciam que a diretora da instituição estaria impedindo que estudantes assistam aula, simplesmente porque não estariam com o uniforme completo da escola, que é composto de calça, blusão, meia e sapatos pretos.

A autônoma Cássia Carvalho Frós, de 40 anos disse que têm três filhos estudando na instituição de ensino e que na última quarta-feira, dia 28, a filha Márcia, de 10 anos teria sido barrada por uma funcionária da escola a mando da diretora Maria José Alcântara, ao tentar assistir aula de chinelo.

Cássia contou ainda que a filha teria ficado muito abalada ao ser repreendida pela funcionária por não estar de tênis. Muito nervosa, a menina teria ligado para a mãe, que ao chegar na escola encontrou a filha chorando do lado de fora do portão da instituição.

“A única coisa que minha filha fez foi ir de chinelinho para a escola. O que isso têm demais? Agora porque ainda não tive como comprar o tênis preto que completa o uniforme, minha filha não pode assistir aula? Isso é um absurdo!”, disse ela revoltada.

A autônoma informou que o caso da filha não é o único onde alunos são impedidos de entrar na escola por não estar com o uniforme completo. Ela lembra que há duas semanas outra criança também teria sido barrada no portão da escola por estar de chinelo.

Por causa do que aconteceu com a filha, Cássia Carvalho disse que entrou com uma ação no Ministério Público contra a escola.


Direção


A diretora da escola Maria José Alcântara, de 58 anos, negou todas as acusações. Ela disse que a instituição tem mesmo um uniforme padrão composto por calça, blusão, tênis (que não é obrigado ser da cor preta) e meias preta ou branca.

Maria José garante, porém, que nenhum aluno foi impedido de assistir aula por não estar com o uniforme completo e ressalta que nem mesmo é fixado um prazo para que os pais comprem todos os itens que compõem a farda do colégio.

“Essa denúncia não tem cabimento. Até porque quando os pais entram em contato conosco e dizem que não têm condição de comprar o fardamento completo, nós vamos pessoalmente pedir a doação do uniforme desse aluno às malharias dos bairros que são responsáveis pela comercialização da farda”, relatou.


O que diz a lei



De acordo com o promotor da Educação Paulo Avelar, a obrigatoriedade do uniforme na escola pública não é implícita na legislação educacional, porém a padronização dos alunos de uma determinada instituição de ensino é muito importante, pois serve para identificar o estudante em situações onde não é possível fazer uma identificação pessoal, como em casos de acidentes.

Avelar ressalta, porém, que a mesma legislação diz que nenhum aluno pode ser impedido de assistir aula por não trajar alguma peça do fardamento escolar e que, caso isso aconteça, os pais do estudante pode acionar a Promotoria da Educação, que o caso será investigado


A Promotoria da Educação fica localizada no prédio das promotorias de justiças da capital, situado no Retorno da Cohama, no antigo Garden Shopping.

Rodoviários ameaçam parar a partir da próxima quarta-feira


A partir da próxima semana, usuários de transporte coletivo da capital podem ter que encarar as consequências de mais uma greve de motoristas e cobradores e fiscais. A possível paralisação foi anunciada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (Sttrema) Dorival Sousa Silva, na manhã desta quinta-feira, 29.

O presidente informou que a greve pode acontecer caso os empresários do setor não apresentem contraproposta satisfatória à proposta de reajuste salarial de 23% apresentada pelo sindicato. A reunião entre rodoviários e empresários está marcada para esta sexta-feira, 30, a partir das 14h na sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luis (SET).

“O aumento nas tarifas de transporte foi concedido há mais de três meses e até agora não vimos esse reajuste refletir em melhorias aos trabalhadores; seja em condições de trabalho ou no aumento salarial. Se não houver uma contraproposta plausível, nessa sexta-feira, já começa a vigorar o estado de greve e devemos para em 5 de maio”, esclareceu.

Atualmente, os valores dos salários dos rodoviários estão definidos assim: R$ 950 para motoristas, R$ 510 para cobradores e R$ 565 para fiscais. Dorival Silva relatou que, além do reajuste salarial, a pauta de reivindicações dos rodoviários conta ainda com propostas de redução da carga horária, que atualmente é de 7h e 20 minutos.

Além disso é pedido a garantia de vida para os trabalhadores, implantação de plano odontológico e acréscimo de dois membros da família do trabalhador como dependente no plano de saúde.

Desde o reajuste nas tarifas que os rodoviários vêm se reunindo com os empresários e apresentando reivindicações, porém após cinco reuniões, não houve nenhuma contraproposta da classe empresarial ao reajuste salarial proposto pela categoria. Para mobilizar e preparar os rodoviários a possível greve geral, o presidente informa que será feita uma panfletagem na tarde desta quinta e sexta-feira.

O superintendente do SET, Luis Cláudio Siqueira, informou que ainda não há uma contraproposta salarial por parte dos empresários, mas que o presidente do sindicato, José Luis Medeiros teria conversado com a classe empresarial no intuito de evitar a possível greve anunciada pelos rodoviários.

Siqueira informou ainda que a reunião marcada para esta sexta-feira, 30, pode não ser definitiva para a deflagração ou não da greve.

“A previsão de data definida pelos rodoviários para a deflagração da greve é na quarta-feira, dessa forma temos até terça para tentar evitar que a greve aconteça. Faremos o possível para isso”, concluiu o superintendente.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Escola abandonada na Cidade Operária é frequentada por assaltantes e usuários drogas



Cinco salas, quadra esportiva e uma ampla área. Por essa descrição pode-se imaginar que o local em questão é um espaço educativo e cultural. Porém, no prédio localizado à Avenida 103, via principal da Cidade Operária, apenas um quadro-negro em uma das salas e o nome da escola lembram que um dia lá funcionou o Jardim de Infância Chico Bento.

Órgãos comunitários e moradores da Cidade Operária reclamam que o local, onde há cerca de cinco anos funcionava a escola infantil, está sendo frequentado por assaltantes e usuários de drogas. O medo dos moradores é maior porque o antigo jardim de infância fica ao lado de duas outras escolas, as Unidades Integradas Justino Pereira e João Pereira Martins Neto.

Mato e muita sujeira imperam na antiga escola. Devido ao abandono, toda a estrutura do prédio está se deteriorando. As paredes começaram a cair, grades estão enferrujadas ou quebradas, portas e janelas arrancadas. Um lamentável sinal do descaso.

O conselheiro tutelar Anderson Martins, de 26 anos, disse que o prédio já teria sido requisitado pelo Conselho Tutelar da Cidade Operária, junto à Secretaria de Estado da Educação (Seeduc) para ser utilizado como sede do conselho e até mesmo como local de atividades educativas e culturais para crianças, porém o pedido teria sido negado pela Seeduc.

“Estamos denunciando esse descaso porque o Conselho Tutelar é responsável também por elaborar ações que atendam a crianças e adolescentes do bairro. Nós temos projetos para a utilização do prédio, falta a Secretaria de Educação liberar o uso”, diz.

O conselheiro citou números de crianças e adolescentes em situação de risco no bairro da Cidade Operária para justificar a necessidade de um local que possibilite a prática de atividades educativas.

Ele frisou que um levantamento feito pelo Conselho Tutelar apontou que, atualmente, cerca de 50 crianças passam boa parte do tempo nas ruas do bairro desenvolvendo alguns pequenos trabalhos, como vigiar carros e bicicletas. Um dos locais onde mais se vê crianças e adolescentes trabalhando no bairro, segundo Anderson Martins, é na feira.

O feirante Antônio José Santos, de 26 anos, contou que é comum ver os menores nas proximidades do mercado ou mesmo no local ajudando pais e outros familiares.

“Conheço vários meninos que ficam aqui trabalhando, seja vigiando carros e bicicletas ou ajudando algum parente que trabalha na feira. Agora fico olhando esse colégio abandonado, quando poderia ser usado para oferecer alguma atividade para essas crianças. É uma falta de atenção do poder público”, comenta.

O também feirante Reinaldo Aguiar, de 30 anos, disse que muitos dos adolescentes e crianças que trabalham no local, o fazem porque precisam ajudar os pais na renda familiar.

“Eu tenho dois filhos, mas tenho como mantê-los na escola sem precisar que eles trabalhem. Mas me coloco no lugar dos pais desses meninos que ficam aqui pela feira. Sei que eles permitem que os filhos façam isso porque não há um local que ofereça atividade de lazer e educação para eles”, observou.


A Assessoria da Seeduc informou, por meio de Nota, que o orgão encaminhou ao Ministério Público um documento solicitando a transferência do prédio do Jardim de Infância Chico Bento à rede municipal de ensino, responsável pela oferta da educação infantil segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, entretanto, até o momento não recebeu nenhuma resposta.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Moradores do Parque Timbiras fecham avenida em protesto a buraqueira e a esgoto estourado



Moradores do bairro Parque Timbiras interditaram na manhã desta segunda-feira, 26, a Avenida Vicente Venâncio de Queiroga. A via liga a Avenida dos Africanos aos bairros Coroadinho, Parque Pindorama, Parque Timbiras, Bom Jesus e Vila dos Nobres. Eles incendiaram pneus e pedaços de madeira em protesto contra a grande quantidade de buracos e os problemas no sistema de esgoto da avenida.

O morador Ângelo Pereira, de 30 anos, contou que por causa dos buracos, muitos acidentes já aconteceram no local, danificando veículos e em alguns casos fazendo vítimas.

“É lamentável a situação da nossa rua. Há cerca de 10 anos que convivemos com essa buraqueira e ninguém faz nada para resolver esse problema”, reclama.

O comerciante Arlindo Mendes, 39 anos, queixa-se das condições da avenida e diz que com os buracos e o esgoto a céu aberto que desce por toda a via, ele e muitas outras pessoas que têm empreendimento no local acabam por acumular muitos prejuízos.

“Nós pagamos nossos impostos, é nosso direito ter o local de trabalho preservado. Do jeito que a rua se encontra, fica difícil ter algum lucro aqui. Para abastecer meu frigorífico é aquela dificuldade, pois os carros quase não conseguem trafegar”, relatou.

No momento da manifestação, um esgoto estourou na residência da dona de casa Sandra Maria de Morais, de 22 anos, escorria por toda a avenida. Segundo a moradora, o problema acontece há mais de duas semanas.

Ainda por volta das 9h da manhã, a grande fumaça formada pela queima dos pneus e pedaços de madeira inviabilizou o tráfego na Avenida Vicente Venâncio de Queiroga, o que perdurou por grande parte da manhã. O cheiro forte da fumaça também incomodava quem passava pelo local.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e ajudou a apagar as chamas e a diminuir os transtornos causados pela ação dos manifestantes. Por causa de alguns moradores mais exaltados, a polícia também foi chamada e garantiu o clima pacífico do protesto. Logo que a visibilidade melhorou, a estrada foi liberada.

Em nota, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que uma equipe do órgão foi enviada à Avenida Vicente Venâncio de Queiroga ainda na tarde desta segunda-feira e deu início aos serviços de recuperação da camada asfáltica do local.

O diretor de Operação e Manutenção da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Cristovam Filho informou que uma equipe do órgão também foi envida ao local para tomar as devidas providências no sentido de solucionar o problema.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Fundação Nelson Mandela ajuda a mudar o futuro de crianças da Liberdade



“O meu objetivo é proporcionar a melhoria da qualidade de vida desses garotos através da educação, da prática esportiva e cultural”.

A afirmação esperançosa é do sócio-educador Linaldo Jeferson Pereira, de 48 anos. Ele é fundador e coordenador da Fundação Nelson Mandela, que há um ano trabalha com crianças e adolescentes em situação de risco dos bairros da Liberdade, Fé em Deus e adjacências.

Desde abril de 2009, a fundação, que tem como fonte de inspiração o grande líder e ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, oferece atividades lúdicas e educativas a crianças e adolescentes, como reforço escolar, cursinho pré-vestibular, aulas de informática, capoeira, dança de rua, balé e prática de voleibol para mulheres e futebol de salão para os homens.

As atividades esportivas são realizadas na quadra poliesportiva da Liberdade e aos domingos na quadra do colégio Alberto Pinheiro, no Centro. Já as atividades culturais e educacionais acontecem na sede da União dos Moradores da Rua do Poço, entidade do bairro.

Linaldo contou que a idéia de criar uma fundação que assistisse a crianças do bairro surgiu a partir do trabalho que ele desenvolve há dois anos como sócio-educador no Centro de Juventude e Esperança (CJE), da Fundação da Criança e do Adolescente do Maranhão (Funac), na Maiobinha.

“Essa experiência na Funac me fez perceber que mais importante do que tratar e ressocializar crianças e adolescentes é evitar que eles sejam internados lá. É necessário fazer com eles afastem-se do mundo do crime. O projeto da Fundação Nelson Mandela surgiu a partir dessa constatação”, explica.

O sócio-educador disse que o trabalho da fundação funciona como um suporte à falta de assistência do Estado em regiões periféricas, o que acaba por tornar impossível o sonho de muitos moradores dessas áreas.

Atualmente a Fundação Nelson Mandela atende 83 crianças e adolescentes da Liberdade e bairros adjacentes, entre 8 e 18 anos.

Resultados do trabalho
Com menos de um ano de atuação, já é possível perceber os primeiros resultados do trabalho desenvolvido pela Fundação Nelson Mandela. Um exemplo é o adolescente Sidney Patrick do Nascimento, de 15 anos, que recentemente foi aprovado em 3º lugar para o curso de Matemática na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Sidney começou a participar da fundação logo no início de suas atividades e foi um dos primeiros alunos do cursinho pré-vestibular oferecido pelo projeto. Ele conta como a entidade o ajudou a ter êxito no sonho de entrar na universidade.

“Na fundação eu sempre encontrei incentivo para estudar. O Linaldo sempre me falava da importância de ter um bom futuro, de lutar pelos nossos sonhos. Isso foi muito importante para que eu não desistisse e conseguisse passar no vestibular”, lembra.

Os adolescentes Ítalo André Araújo, de 12 anos e Carlos André de Abreu, de 14, participam das atividades oferecidas pela fundação desde o seu início. Eles falam da entidade e dos sonhos que têm.

“As atividades que faço aqui me fizeram a tirar da minha cabeça muitas coisas ruins. Aqui também aprendi a fazer o bem ás pessoas, por isso quando eu crescer quero ser bombeiro, para poder salvar muitas vidas”, conta Carlos André.

Já Ítalo disse que gosta muito das atividades que desenvolve na entidade e que depois que começou a participar das aulas de reforço, as suas notas na escola melhoraram muito. O adolescente estuda a 5ª série do ensino fundamental.

Festa de aniversário


No último domingo, dia 25, a Fundação Nelson Mandela comemorou seu primeiro aniversário com uma festa na sede da União dos Moradores da Rua do Poço. Na ocasião foram entregues os certificados de conclusão de curso de informática e cerâmica à crianças e adolescentes.


Como ajudar

Apesar de todo o esforço e boa vontade das famílias das crianças e adolescentes atendidas pela Fundação Nelson Mandela, Linaldo Jeferson diz que ainda precisa de muita ajuda. Ele conta que falta principalmente material escolar para realizar atividades educacionais e voluntárias que ministrem cursos de formação.

Quem estiver interessado em contribuir com a entidade pode entrar em contato com o coordenador Linaldo Jeferson através do telefone 8837-7354.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Professores do estado paralisam por 48h e podem fazer greve geral a partir da próxima semana


Professores da rede estadual de ensino voltaram a paralisar as atividades nesta quinta-feira, dia 22. A paralisação será por 48 horas e faz parte da mobilização dentro da Semana Nacional de Valorização e Promoção da Educação Pública. Porém, caso governo e sindicato não cheguem a um consenso na reunião que acontece na próxima segunda-feira, 26, pode ser deflagrada greve geral da categoria.

A reunião entre o secretário de Educação, Anselmo Raposo e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) irá funcionar como ultimato do sindicato ao governo, segundo afirma O secretário de comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres.

“Vamos aguardar essa reunião de segunda-feira. Se percebermos que as negociações não avançam, deflagraremos uma greve geral", garantiu.

Sobre a possibilidade de greve geral e as demais reclamações dos educadores, a assessoria da Secretaria de Educação (Seeduc) informou que só irá se pronunciar após a reunião de segunda-feira, mas que está confiante que todos os impasses serão resolvidos nessa reunião.

Guterres informou que após a última paralisação da classe, realizada em 6 de abril, houve apenas uma reunião entre a diretoria do Sindicato e o novo secretário de Educação, Anselmo Raposo. A reunião serviu apenas para os educadores apresentarem reivindicações e informar a situação da rede estadual de ensino ao novo secretário e ouvir as propostas do governo.

Escolas sem professores

Júlio Guterres disse que, além da aprovação do Estatuto do Educador, o sindicato está cobrando também a regularização da situação da educação estadual. Ele relata que muitas escolas estão sem aulas em todo o estado porque faltam professores.

“A situação das escolas em todo o estado mostra o pouco caso que o governo do estado está tratando a educação”, denunciou.

A falta de professores, segundo o secretário de comunicação, acontece devido a demora do governo em chamar os aprovados no concurso público e no seletivo realizados no início do semestre. Ele disse também que o total de nove mil professores aprovados nos seletivos é insuficiente para completar o quadro das escolas da rede estadual.

Gutrerres frisou que de acordo com um levantamento realizado pelo Sinproesemma, São Luis é o município onde há a maior deficiência no quadro de professores das escolas estaduais.

“Em São Luis a escola que tem o melhor quadro de professores, faltam 10 profissionais. Essa realidade é uma constante em todo o estado”, relatou.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Obra inacabada deixa rua no João de Deus em condições intrafegáveis



Moradores da Rua Taubaté, no bairro do João de Deus, reclamam que a via ficou intrafegável depois de obras de troca da tubulação de esgoto realizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema).

A recepcionista Francisca Pereira, de 30 anos, contou que os serviços teriam sido concluídos há quatro meses. Porém, mesmo com o fim da obra, os operários não teriam feito a recuperação do asfalto.

A moradora disse que com as chuvas, as irregularidades deixadas pelos operários na rua aumentaram a ponto de impossibilitar a circulação de automóveis na via.

“Na semana passada, uma grávida teve que ser levada nos braços para o hospital porque um táxi que a levaria não conseguiu entrar na rua”, lembra.

Francisca relata ainda que por causa da intrafegabilidade da via, até o carro da limpeza pública deixou de passar no local e que por causa disso, há duas semanas os moradores precisam levar o lixo num carro de mão até a avenida principal do bairro para que seja levado pelo caminhão.

A dona de casa Maria de Lourdes Morais, de 49 anos, alerta ainda para o perigo que os moradores estão correndo devido a água que fica empoçada nos buracos deixados ao longo da rua.

“Depois que começou a chover já encontramos alguns focos do mosquito da dengue na água que fica empoçada no meio da rua. Isso virou um perigo para todo mundo”, queixa-se.

O diretor de Operação e Manutenção da Caema, Cristovam Filho informou que a obra troca da tubulação de esgoto no João de Deus faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. Ele informou ainda que comunicará a coordenação do PAC para que acelerem os serviços de recomposição asfáltica no local.

Rua da Cohab é destruída pela força das águas durante temporal



O temporal que caiu em São Luis no último sábado, 17, trouxe de volta um velho problema para os moradores da Rua 10, na Cohab: o alagamento. Ruas do bairro transforma-se em verdadeiras lagoas durante o período chuvoso. Daniela Gomes, de 21 anos, moradora do bairro, relata o desespero que tomou conta de todos na hora da chuva do último sábado.

“Era tanta água, que mais parecia um mar. Foi um verdadeiro ‘Deus nos acuda’, todo mundo correndo para evitar prejuízo. Mas não teve jeito, várias casas ficaram alagadas. Foi desesperador!”, lembra.

De acordo com a moradora, a água chegou a 1m de altura e a sua casa não alagou graças à calçada que é alta. Mas o medo que a casa foi alagada lhe tirou o sossego. O representante comercial Agenor Rodrigues, de 53 anos, não teve a mesma sorte de Daniela. Ele disse que passou a tarde toda tirando água de dentro de casa.

“Foram quatro horas de chuva. Depois tive muito trabalho. Primeiro para tentar salvar os móveis e demais utensílios. Segundo, para retirar a água de dentro de casa. Dá um desgosto ver a casa toda alagada”, queixa-se.

O morador reclama ainda do mau cheiro e da sujeira que fica na rua, por causa do lixo trazido pela chuva e que fica no local após o escoamento da água. Agenor revelou que há dois anos mora na Rua 10 e que já teria se arrependido da decisão de comprar a casa no logradouro por causa do alagamento anual.

Uma das prováveis causas para o alagamento, segundo os moradores, é o espaço insuficiente das galerias que fazem o escoamento da água das chuvas. Por causa desse problema, a força da água abriu um grande buraco que corta a rua ao meio e provocou rachaduras em todo o asfalto, além de danificar calçadas e muros das casas.

Para o morador Paulo Sérgio Machado, de 53 anos, o problema da Rua 10, que já dura cerca de 10 anos, ainda não foi resolvido por se tratar de um bairro periférico, e acredita que a situação já teria sido tomada se fosse em outro bairro. Ele reclama ainda da ação de alguns moradores que insistem em jogar lixo na rua, o que acaba por entupir as entradas das galerias.

“Além do espaço dos bueiros serem insuficientes, ainda tem gente que varre a porta de casa e deixa o lixo na rua. Na primeira chuva, a entrada do bueiro entope E o pior é que quando eu reclamo para quem faz isso, eles ainda acham ruim”, contou.

Resposta da Prefeitura

Em nota a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) informou que a Prefeitura de São Luís já está realizando um mapeamento na área que abrange os bairros da Cohab, Cohatrac e outros bairros com o objetivo de verificar os problemas para assim incluí-los na programação de serviços de recuperação.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ônibus da zona rural viram feiras sobre quatro rodas


Quem viaja nos ônibus das linhas Estiva, Coqueiro e Maracanã, que transportam a população de parte da zona rural de São Luis, convive com uma verdadeira feira sobre quatro rodas. Isso porque os moradores das comunidades atendidas pelas linhas transportam várias caixas de frutas, verduras e até peixes em suas viagens do bairro para o centro e vice-versa.

O funcionário público Patrick Pereira, de 29 anos, mora no bairro do Turu e trabalha em uma escola localizada na Estiva. Ele conta que se depara diariamente com a superlotação dos ônibus, causada não apenas pelo grande número de pessoas, mas principalmente, pela grande quantidade de volumes que os passageiros carregam nos veículos.

“É uma loucura viajar nesses ônibus. E o pior é que a maioria das pessoas é da Estiva mesmo, ou seja, elas só descem no ponto final, o que significa dizer que passamos a viagem inteira no sufoco de dividir o espaço do ônibus com um monte de caixas de frutas, verduras e até peixes”, reclama.

Patrick relata ainda que a situação piora quando o ônibus tem apenas duas portas, deixando apenas um local para os passageiros descerem.

“Na hora do desembarque é uma verdadeira ‘muvuca’. Na pressa de chegarem ao seu destino, as pessoas descem apertando-se umas nas outras, entre caixas e sacos de mercadorias. A reclamação é geral”, conta.

Para o pedreiro Flávio Augusto Lima, de 21 anos, morador do bairro Maracanã, as pessoas que, praticamente, “enchem” os ônibus de mercadorias, estão apenas tentando sobreviver, seja levando alguma coisa para vender em outros bairros ou mesmo trazendo as compras feitas em outras regiões da cidade.

“Se essas pessoas transportam caixas e sacola nos ônibus, é porque não têm alternativa. Elas têm que adquirir o pão de cada dia e para isso precisam transportar seus volumes na única forma de locomoção que dispõem”, defende ele.

Também morador do Maracanã, o servente Francisco Valdenir Nascimento, de 29 anos, cita a distância da zona rural para o centro da cidade como razão da superlotação dos ônibus, com mercadorias compradas pelos moradores. Ele explica que a maioria das mercadorias são compras que pais de família fazem no Mercado Central ou no João Paulo.

O despachante da empresa Santa Clara, responsável pela linha Maracanã, Francisco Carlos, de 40 anos, também sai em defesa dos passageiros que lotam os veículos de volumes. Ele ressalta que as pessoas que levam mercadorias nos ônibus são pessoas humildes que sobrevivem da venda de frutas como manga e juçara e precisam transportar as mercadorias dos bairros da Zona Rural ao centro.

“Essas pessoas não podem pagar frete de um carro para transportar suas mercadorias e se sujeitam a carregar caixas de frutas nos ônibus. A gente entende e não julga e nem reclama”, completou.

Na última sexta-feira, 16, embarcamos em um dos ônibus da linha Maracanã para observar de perto o problema da superlotação nos veículos causada pelo grande número de volumes.

Aos poucos, o coletivo foi enchendo. Bastou apenas 20 minutos de viagem do ponto final ao Terminal de Integração do Distrito Industrial, para que o ônibus ficasse superlotado de pessoas, sacos e caixas de mercadorias.


Empresa Santa Clara fala sobre o problema

A empresa Santa Clara é a responsável pelo transporte público nos bairros do Coqueiro, Estiva e Maracanã. O gerente geral da empresa, Claudionor Silva fala sobre a superlotação dos coletivos pelos volumes transportados pelos moradores da Zona Rural.

Claudionor explica que anteriormente os ônibus da empresa que fazem linha para comunidades da zona rural tinham porta-malas nas laterais. Os espaços eram reservados, exatamente para os passageiros transportar seus volumes a fim de não ocupar o espaço interno dos coletivos. Porém, segundo o gerente, por determinação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) os porta-malas foram retirados.

“A retirada dos porta-malas foi determinada após a padronização dos veículos com três portas e elevadores de acessibilidade para cadeirantes, o que fez com que os ônibus perdessem espaço no lado direito. No lado esquerdo, o porta-malas também é proibido por ser o lado da pista, gerando riscos de acidentes quando estes forem abertos”, esclarece.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Moradores reclamam que Praça do Bacanga está abandonada



Moradores da Vila Bacanga denunciam o descaso e abandono que a Praça do Bacanga está passando. Bancos quebrados, muito mato e sujeira tomam conta de toda a extensão da praça. O motorista Rafael Pereira, de 25 anos, conta que mora desde os 11 anos na comunidade e que ainda alcançou a praça preservada, onde brincava com os amigos.

“Ainda brinquei muito aqui nessa praça. Vinha sempre para cá com meus amigos, sempre foi um local ótimo para brincar ou mesmo para apenas conversar”, lembra Rafael.

Ele diz que a praça está abandonada há cerca de dez anos e lamenta a situação em que ela se encontra.

“Fico triste com esse verdadeiro descaso. Aqui é um lugar excelente para que famílias e amigos se reúnam, não pode ser abandonada assim”, disse.

Por estar localizada à beira da Avenida dos Portugueses e em frente à Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a Praça do Bacanga também é visitado por pessoas de outros bairros, como a auxiliar de serviços gerais Joana Batista, de 31 anos. Ela mora na Vila Embratel, mas disse que como sempre pega ônibus na parada em frente à praça, fica revoltada com situação.

“Essa praça fica localiza bem próximo à Avenida dos Portugueses, é um local visto por todos que passam por aqui, inclusive estudantes da UFMA. É uma vergonha ela estar assim toda suja, com bancos quebrados. É necessário que se faça uma reforma completa e urgente nela”, comenta.

Em nota, o Instituto Municipal da Paisagem Urbana (Impur) informa que o órgão está intensificando as ações de manutenção das praças e outros logradouros públicos da capital, incluindo a Praça do Bacanga. Informa ainda que novos equipamentos foram adquiridos e que os serviços de manutrenção das praças serão aceleradas.

Maranhense vira estrela da internet após lançamento do Rio Anil Shopping


O Imparcial Online

A inauguração do Rio Anil Shopping fez nascer uma estrela. E não são atores globais, presentes no lançamento. Trata-se de uma feliz frequentadora do shopping captada pelas lentes do fotografo maranhense Biaman Prado (O Estado do Maranhão) em momento de comemoração pelo surgimento do novo empreendimento.

Conhecida agora como "A Loka do Rio Anil", a jovem ganhou site, twiter, comunidade no site de relacionamento orkut e agora vê seu semblante de felicidade estampado em foto-montagens de paisagens, filmes e até ao lado do apresentador do Jornal Nacional, Willian Bonner. O endereço do site da Loka do Rio Anil é www.alokadorioanil.com.br

Professores estariam com medo de dar aulas em escola do Anjo da Guarda



Pais de alunos da Unidade Escolar Anjo da Guarda denunciam que algumas turmas de aula da instituição ainda não tiveram o ano letivo iniciado. Professores que viriam de outros bairros para lecionar na escola estariam se recusando a fazê-lo, alegando medo por o bairro ser violento.

A doméstica Natividade Pereira, de 36 anos, mãe de uma aluna da escola disse que a informação de que os professores estariam com medo de dar aulas no bairro, teria vindo de outra professora da escola. A professora teria comentado em sala de aula que algumas turmas ainda estavam sem aula porque havia professores se recusando a lecionar no colégio, simplesmente porque ficava no Anjo da Guarda.

“Os próprios professores comentaram em sala de aula para os alunos, que alguns colegas teriam afirmado que não viriam lecionar numa escola que fica num bairro distante e perigoso”, conta a doméstica.

Natividade relata que as turmas mais prejudicadas pela recusa dos professores seriam a 7ª e 8ª séries. Uma teria tido as aulas iniciadas na última segunda-feira, 12, enquanto que os alunos da 8ª série contam apenas com 3 dos 12 professores lotados na escola.

“Isso é inadmissível! Dessa forma os alunos não terão nem a metade da carga horária. Só quem se prejudica são os alunos, que ficam sem aula e correm o risco de perder o ano”, reclama.

A diretora da Unidade Escolar Anjo da Guarda, Bernadete Castro, negou as denúncias e disse que algumas turmas ainda não contam com todos os professores porque a grade de professores da escola, assim como de outras unidades de ensino da rede estadual, está sendo completada gradativamente. Ela informou, porém, que isso acontecerá até o fim desta semana.

“A Secretaria de Educação está fazendo a lotação dos professores gradativamente. É certo que a distância contribui, mas não existe nenhuma reclamação sobre medo do bairro”, garantiu.

Bernadete disse ainda que, mora em outro bairro e trabalha na escola há 12 anos e nesse tempo todo nunca presenciou qualquer ato de violência nas dependências do colégio.

“Moro no Bequimão e trabalho aqui há muito tempo. Eu sou a prova de que trabalhar nessa escola não é perigoso. Não acredito que alguma professora tenha comentado isso, mas de qualquer forma, temos uma ótima estrutura de segurança, com dois vigilantes, câmeras de vídeo e grade cercando todo o prédio do colégio”, lembrou.

Multidão lota o Rio Anil Shopping no primeiro dia de funcionamento


As portas do Rio Anil Shopping foram abertas ao público exatamente ao meio dia dessa quinta-feira, 15, assim como foi anunciado. Anúncios de promoções relâmpagos fizeram com que muitas pessoas se aglomerassem à porta do novo shopping aguardando o momento da abertura.
Quando o relógio marcou 12h, enfim os consumidores puderam matar a curiosidade e, literalmente, invadiram as dependências do novo espaço comercial. Entre as centenas de pessoas que foram ao shopping no primeiro dia de funcionamento, destacam-se grupos de adolescentes e jovens ansiosos por conhecer a novidade.

As estudantes Raissa Gomes, de 16 anos e Yasmin Aguiar, também de 16, ressaltaram a diversidade de lojas, o espaço amplo e as novidades como pontos fortes do novo shopping.

“Nos shoppings existentes atualmente em São Luis, o espaço reservado ainda é muito pequeno. A cidade está crescendo e esses espaços têm que acompanhar essa evolução. Precisamos de novidades e de espaço para bater um bom papo com os amigos”, comentaram as adolescentes.

Grande parte das pessoas que esteve presente no shopping reside nas proximidades. Muitos aproveitaram para levar toda família. Esse foi o caso da vendedora Ana Paula Duarte, de 30 anos. Ela e o esposo, o metalúrgico Jorismar Carvalho, de 29 anos, levaram os dois filhos para passear nas dependências do novo espaço.

“Além de representar evolução para a cidade, esse novo shopping é também um local apropriado para o lazer com toda a família e como moro no Turu, fica mais fácil proporcionar um programa desses para todo mundo”, destacou Ana Paula.

Para o superintendente do Rio Anil, Adriano Pinheiro, o dia foi reservado para deixar o público conhecer as instalações do novo espaço, deixando as pessoas à vontade para explorar toda a dimensão do shopping. Ele disse ainda que a expectativa era que cerca de 90 mil pessoas passassem pelo espaço até o fim do dia desta quinta.

sábado, 10 de abril de 2010

Telhado de prédio do Centro Histórico cai e deixa mulher ferida no rosto




Parte do beiral de um prédio que fica na Rua do Trapiche, na Praia Grande, caiu na manhã desta sexta-feira, 9. As telhas caíram na cabeça de uma mulher que passava pelo local. A vítima foi identificada apenas por Maíra. Ela ficou com ferimentos leves na cabeça e no rosto.

De acordo com o historiador Ananias Martins, de 46 anos, o prédio está desocupado há mais de dez anos. Ele alerta ainda que assim como o que caiu, outros prédios do Centro Histórico também representam risco para quem passa pelo local.

“O Centro Histórico é um local muito visitado tanto por turistas, quanto por pessoas daqui mesmo. Com esses prédios mal conservados, precisamos estar sempre em alerta, pois todos estamos correndo riscos passando em baixo deles”, observou.

Outro desabamento no Centro histórico

Para o proprietário do prédio, Fausto Farias, o motivo do desabamento teria sido sabotagem, causada por alguém com intenção de prejudicá-lo. Caso tenha sido mesmo uma sabotagem, Farias disse que suspeita do proprietário do Bar do Porto, contra quem ele move uma ação judicial.Fausto Farias, contou a nossa reportagem que move uma ação na Justiça porque o prédio onde funciona o bar lhe pertence.

“Estou movendo uma ação judicial de despejo contra esse moço. Por isso ele vive querendo me prejudicar, não duvido nada que tenha sido ele quem fez isso”, denunciou.Raimundo Barros Penha, de 49 anos, proprietário do bar, rebateu a acusação, afirmando que no momento do acidente estava fora de casa.“Quando cheguei aqui encontrei as telhas no chão e a informação de que tinha atingido uma mulher.

A denúncia desse homem não tem fundamento. Há oito anos que ele move essa ação de despejo. Porém, ele não ganha porque sou eu que cuido e preservo esse prédio. A prova disso é que a parte que ele cuida desabou”, defendeu-se.Técnicos da Defesa Civil Municipal estiveram no local, analisando a situação do prédio.

Eles disseram, porém que não poderiam pronunciar-se sobre as condições do prédio e que qualquer posição só poderia ser concedida pelo secretário Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc).

A Secretaria de Comunicação do Município (Secom) confirmou a alegação dos fiscais e informou ainda que o titular da Semusc Luis Carlos Magalhães está viajando e por isso não poderia se pronunciar.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Prefeito e vice de São Bernardo foram cassados



A Juiza da 51º Zona Eleitoral, Elaile Silva Carvalho, cassou os mandatos do prefeito e vice-prefeito, de São São Bernardo, a 370 km de São Luis. José Raimundo da Costa e o vice, Daniel José Coelho de Almeida foram punidos por antecipação de campanha e uso indevido da máquina pública.

A decisão judicial foi tomada após o resultado de três audiências públicas, realizadas com base em Ação de Investigação Judicial Eleitoral impetrada pela coligação "Compromisso com a Mudança” liderada pelo candidato Júnior Esperança (derrotado na última eleição).

Na decisão, a juiza fundamenta a cassação dizendo julgar procedente a ação de investigação judicial eleitoral, com base no artigo 269,Inciso I primeira parte, do Código de Processo Civil. Ela determina que José Raimundo da Costa e Daniel José Coêlho de Almeida cumpram sansão de ineligibilidade que tem duração de três anos subsequentes à eleição de 2008.

Toda ação teve como base os festejos juninos de 2008 em que a Prefeitura Municipal de São Bernardo usou a máquina pública antes do período eleitoral com a confecção e de distribuição de mais de duas mil camisetas com o número 12 estampado.Uma referência ao Partido Democrata Trabalhista (PDT), além do uso de veículos e contratação de bandas e divulgação de baners do número 12.

O caso foi denunciado no período de pré-campanha, mas só agora depois da resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinando o julgamento de todas as ações pendentes até 31 de março a ação foi julgada.

A decisão pode ser passível de recurso. O grupo político do prefeito cassado promete entrar com uma liminar para tentar reconduzir o prefeito ao cargo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

TRE MÓVEL vai a cinco bairros da capital para regularização de eleitores


Com a proximidade da eleição de outubro, o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) iniciou nesta terça-feira, 6, a campanha TRE Móvel. O objetivo é a descentralização dos serviços de alistamento eleitoral, transferência e 2ª via de título eleitoral. PAra isso foram criados postos de atendimento em cinco bairros da capital.

O primeiro bairro a receber o atendimento foi o Vicente Fialho. Lá o atendimento será feito até a próxima quinta-feira, 8. O atendimento é feito em um ônibus do TRE, que está estacionado em frente ao Colégio Olinda Desterro, na Avenida Brasil. O atendimento acontece das 8h às 18h.

Segundo a assessora da Corregedoria Regional Eleitoral do Maranhão, Paloma Reis, houve uma grande procura no primeiro dia de atendimento no bairro Vicente Fialho. Apenas no período da manhã, foram realizados mais de 60 atendimentos, sendo a maioria de transferência e 2ª via.

Nossa reportagem encontrou no posto de atendimento, Amarildo Lima. Ele estava esperando a vez para fazer a transferência de domicílio eleitoral.

“Moro no Vicente Fialho, mas votava sempre no bairro da Alemanha. Isso acabava causando muita dificuldade para mim na hora de votar. Porem, mesmo com a dificuldade, nunca deixei de votar”, conta.

Para tirar o título pela primeira vez, o interessado deve comparecer ao posto de atendimento com original e cópia do Registro Geral (RG) e comprovante de residência. No caso de homens de 18 a 45 anos, também é solicitado o certificado de reservista.

Para transferência, o eleitor deve levar o título antigo, original e cópia do comprovante de residência e do RG. O prazo para o eleitor requerer inscrição eleitoral, revisão ou transferência de domicílio para as eleições 2010 segue até o 5 de maio.


Saíba onde estará o TRE MÓVEL nos próximos dias


Conjunto São Raimundo - Conselho Comunitário Sócio-Cultural - dias 9 e 10/04/10

Rio dos Cachorros - Centro de Leitura Espaço do Saber - dias 12 e 13/04/10

Vila Luizão - União dos Moradores - dias 15 a 17/04/10

Cidade Olímpica - Associação de Moradores - dias 19 a 23/04/10

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O desafio da acessibilidade para deficientes físicos em São Luis


Dez horas da manhã, o cadeirante Válber Nojosa, de 54 anos, aguarda o coletivo numa parada em frente ao Mercado Central, no Centro. Após esperar por quase meia hora, passa um coletivo adaptado para deficientes físicos.

Mesmo com a chegada do ônibus, os transtornos continuam para Válber. A primeira dificuldade é para o motorista conseguir operar o elevador para que o cadeirante suba ao veículo. O funcionário não conseguia baixar o elevador completamente, segundo ele, porque o equipamento havia “enguiçado”.

Passados mais de 20 minutos, o cadeirante consegue enfim entrar no ônibus, com a ajuda de outras pessoas que se encontravam na parada. Depois de se acomodar, Válber observa então a dificuldade do motorista para recolher o equipamento. Mais meia hora.

O motorista do coletivo da linha Santa Clara/João Paulo, da Viação Abreu não quis se identificar, mas disse que o equipamento havia enguiçado e que isso é comum acontecer.

Tudo isso até parece cena de alguma novela, mas é a mais pura realidade enfrentada por moradores da capital. Válber Nojosa é um dos mais de 200 mil deficientes físicos que convivem diariamente com as dificuldades na acessibilidade em São Luis.

E mesmo com esse número, somente 231 ônibus dos cerca de 1.000 que compõem a frota, estão preparados para receber quem usa cadeira de rodas.

O problema da capital maranhense tomou dimensão nacional após veiculação de uma reportagem do programa Fantástico da Rede Globo, no domingo, 28 de março. Segundo a reportagem, São Luis tem o pior atendimento para cadeirantes, no que diz respeito ao transporte público. Além de São Luis, o teste foi realizado ainda no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Goiânia e São Paulo.

Barreiras de Atitude

Para o coordenador do Fórum Maranhense de Entidades de Pessoas com Deficiências e Patologias, Dylson Ramos, mais do que veículos adaptados, o que falta é atitude por parte do poder público em atender as entidades e movimento que lutam pela implementação de políticas públicas para as pessoas com deficiência.

“A discriminação maior são as barreiras de atitude. Adaptação de ônibus e de outros lugares para cadeirantes é uma obrigação do poder público e das empresas de transportes. No entanto, além de não cumprir essas exigências, ainda somos excluídos das discussões sobre essas garantias”, complementa o coordenador.

Ramos enfatiza que a responsabilidade pela adequação dos ônibus passa tanto pelo poder público quanto pelas empresas. A essas últimas compete, principalmente o treinamento dos funcionários para que saibam operar os equipamentos e atender bem os deficientes.

Ribamar Abreu, gerente da Viação Abreu, informou que dos oito ônibus que compõem a frota da empresa, dois são equipados com elevadores e que um treinamento foi solicitado junto ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luis (SET), mas que até o momento a solicitação não foi atendida.

Abreu informou ainda que a empresa está esperando a vinda de mais dois novos ônibus com previsão para chegada até maio e que os veículos já vem equipados com elevadores.

Tentamos falar com o superintendente do SET, Luis Cláudio Siqueira, para obter respostas acerca da solicitação das empresas para treinamento de funcionários que manuseiam os elevadores, porém fomos informados que o mesmo estava em reunião desde o início da manhã, assim ninguém foi encontrado para prestar esclarecimento.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Grita encena a 29ª Via Sacra no Anjo da Guarda




“Via Sacra: uma escola de arte”. Com esse tema o Grupo Independente de Teatro Amador (Grita), do bairro Anjo da Guarda, apresenta a 29ª edição do espetáculo Via Sacra. As encenações acontecem na quinta-feira, 1º de abril e na sexta-feira, 2.
A falta de apoio do Governo do Estado, que chegou a ameaçar a realização do espetáculo, foi resolvida e a direção do grupo Grita garante que está tudo pronto para a encenação que acontece pelas ruas do bairro.

Integrante do grupo de atores que participam da encenação, o ator Jorge Smith, que há dez anos interpreta o papel de Jesus Cristo, garantiu que mesmo que não houvesse apoio do governo, estaria disposto a apresentar o espetáculo apenas com a ajuda da comunidade.

“Esse é o ano da comunidade mostrar que esse espetáculo é mesmo do povo. A palavra que impera é voluntariado, já que não temos muitos recursos financeiros. Porém, mesmo que não houvesse recurso nenhum, eu iria para as ruas encenar o espetáculo”, assegurou Smith.

O novo diretor-geral da Via Sacra, Waldemir Nascimento, disse que é um grande desafio dirigir o espetáculo num momento como este, mas que ao mesmo tempo sente-se emocionado de ver a entrega da comunidade para que a encenação aconteça.

“Acompanho o grupo desde 1995, quando atuei pela primeira vez na Via Sacra, porém não tem como não estar nervoso em dirigir um espetáculo como esse, ainda mais estando substituindo Cláudio Silva, que foi o diretor por tanto tempo”, ressaltou Nascimento. Ele lembra que a substituição de Cláudio Silva, um dos criadores do espetáculo, acontece por problemas de saúde.

Waldemir Nascimento enfatiza, porém, que a Via Sacra sempre foi feita por meio de um trabalho desenvolvido em equipe e que essa característica ganha mais sentido agora com as dificuldades.

Uma escola de arte

O tema da Via Sacra 2010 é explicado pela organização como uma apresentação de uma das características principais do grupo Grita, a formação de artistas dentro da comunidade, com cursos de artesanato e teatro.

“Vamos mostrar o que fizemos ao longo desses quase 30 anos. A 'escola de arte' é para expor o trabalho desenvolvido com a comunidade em um fazer teatral que vai além do espetáculo anual”, esclarece Jorge Smith.

Waldemir Nascimento conta que o tema será abordado na abertura do espetáculo, com uma das novidades desse ano, a cena que mostra o menino Jesus aprendendo o ofício de carpinteiro com o pai José. Para Waldemir esse é um dos primeiros exemplos das escolas de arte do mundo.

A temática será abordada ainda no tradicional “Corredor da Reflexão”, por onde Jesus Cristo, interpretado por Jorge Smith, carrega a cruz.

Redução de recursos

A gerente administrativa da Via Sacra Zezé Lisboa, informou que devido a indefinição sobre a realização do espetáculo, os patrocinadores reduziram os recursos que normalmente se destinam para o custeio das despesas da encenação. Ela disse ainda que a alegação das empresas é que como havia a possibilidade de o espetáculo não acontecer, os recursos foram remanejados para outros eventos.

Ainda de acordo com a administradora, a promessa do governo para o repasse dos recursos é de que ele seja feito até o fim da semana que vem, após a realização da Via Sacra.