Morador denuncia circulação de ônibus velhos na Área Itaqui-Bacanga

O morador do bairro do Anjo da Guarda, José Martinho Pereira, 31, denuncia que a empresa Taguatur Transportes - que faz linha na Área Itaqui-Bacanga - estaria pondo em circulação ônibus velhos, em estado de má conservação.
Martinho afirmou ainda que o interior dos coletivos apresentam alguns problemas, como cadeiras sem encosto, ausência de suporte de pés, entre outros. Além disso, os veículos seriam provenientes de outros estados, como Piauí e Goiás, onde a Taguatur teria outras filiais.
Um funcionário da empresa, amigo de Martinho, teria verificado que os ônibus citados na denúncia seriam do ano de 1996, estando assim em um longo tempo de uso.
Outro agravante da denúncia é que os ônibus estariam com os selos de vistoria da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), o que significa que eles já forma vistoriados e aprovados para circulação.
O gerente da Taguatur Transportes, Claudionor Costa Silva, informou que a denúncia procede. Segundo ele, os ônibus em questão são de outras filiais, no Piauí, em Brasília e em Goiás, mas garantiu que os problemas no interior dos ônibus não existem.
Claudionor explicou ainda que a empresa foi obrigada a trazer ônibus de outras filiais para circular em São Luis devido à situação financeira em que a Taguatur encontra-se, assim como outras empresas da capital.
O gerente alega que as empresas de transporte coletivo da capital estão endividadas porque a receita principal é proveniente das tarifas pagas pelos passageiros e que estas estão sem aumento há cinco anos.
“A prefeitura não aumenta o valor das passagens e as empresas não têm como fazer financiamento para a aquisição de novos veículos”, afirmou Claudionor.
Ainda segundo o gerente da Taguatur, na vistoria feita pela SMTT é concedido um determinado selo para a situação dos ônibus. O selo verde significa que o veículo está liberado para circular normalmente; o amarelo significa que o ônibus apresenta uma irregularidade que não representa risco para o usuário e que a empresa tem um determinado tempo para regularizar a situação. Já o selo vermelho representa a proibição de circulação do ônibus.
Sobre os ônibus citados na denúncia, Claudionor afirmou que eles foram vistoriados pela SMTT e que receberam selo amarelo, devido às placas serem de outro estado.
A assessoria da secretaria informou que não há previsão de aumento de tarifas para este ano e que já foi renovada mais de 20% da frota da capital. Sobre o selo de vistoria encontrado nos veículos, afirmou que o selo é amarelo, o que significa que estes ônibus têm um tempo determinado para serem regularizados.