As passagens de ônibus interestaduais ficaram mais caras desde a última quinta-feira, dia 1º. O aumento de 2,13% foi autorizado pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) no último dia 25, por meio da Resolução 3.538, publicada no Diário Oficial da União.
Mesmo estando em vigor há dois dias, a maioria dos usuários do transporte rodoviário em São Luis ainda não tem conhecimento do reajuste, mas já prevêem o aumento no orçamento, principalmente aqueles que precisam viajar com freqüência.
Esse é o caso da representante comercial Marcela Martins, de 31 anos. Ela mora em São Luis, mas está sempre viajando a trabalho para Teresina (PI). Ao embarcar nesta sexta-feira, dia 2, Marcela disse de que forma o reajuste vai afetar sua rotina de trabalho. “Tenho que viajar para Teresina até três vezes por mês. Com esse aumento no valor das passagens vai dificultar muito o meu trabalho e conseqüentemente a minha vida”, comenta.
Ao ficar sabendo que as tarifas de ônibus haviam sido reajustadas, o músico José Raimundo de Amorim, de 46 anos, se disse surpreso. “Não viajo com tanta freqüência, mas tenho familiares em Imperatriz e também em alguns municípios do Pará. Gosto muito de visitá-los sempre que posso. Agora com esse aumento, acho que isso vai ser mais difícil”, prevê.
Alguns usuários reclamam também que mesmo com o aumento nas passagens, as empresas não melhoram as condições dos veículos. A opinião é expressa pelo pintor Gerson Sodré, de 39, que nesta sexta-feira foi ao Terminal Rodoviário pesquisar os valores das passagens para a cidade de Floriano, no Piauí, a 661 km de São Luis.
O pintor, que precisa ir até o próximo dia 20 á cidade piauiense fazer uma perícia do INSS, disse que não adianta apenas aumentar os valores das passagens, sem proporcionar uma melhor comodidade para os usuários.
Para as empresas de transporte interestadual, o reajuste não deve gerar queda na procura de usuários. O bilheteiro da empresa Transbrasiliana, João Amorim, de 42, disse que a procura dos passageiros deve continuar, já que ele começou a vigorar no início do período de férias, quando a número de viagem de pessoas para outros estados é bem maior.
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