sábado, 22 de maio de 2010

Ministério Público vai investigar denúncias de agressões a alunos em escola no Monte Castelo



Após saber das denúncias de pais de alunos que uma professora da Unidade de Educação Básica “Moranguinho”, no bairro Monte Castelo teria agredido algumas crianças, a Promotoria da Educação prometeu investigar o caso. Em entrevista concedida ao jornal Aqui-MA nesta sexta-feira, 21, o promotor Paulo Avelar disse que soube do caso e que agora será aberta uma investigação para averiguar as questões pedagógicas referentes ao fato.

“Nesses casos, os pais devem, sim, procurar as autoridades policiais competentes, principalmente se deixar marcas no corpo da criança, mas devem também procurar a Promotoria de Educação para que seja visto também o lado pedagógico. Além de ver as sanções judiciais que a professora e a escola podem sofrer, nós também veremos um acompanhamento psicológico para os pais e as crianças”, explicou.

Nova denúncia
Depois das primeiras denúncias contra a professora da escola Moranguinho, outra mãe ligou para a nossa redação do e relatou maus tratos sofridos pelo filho na escola onde estuda. A denunciante contou que em 19 de agosto de 2008, o filho teria chegado em casa com um arranhão no pescoço. Ao perguntar à criança o motivo do ferimento, ele, inocentemente, apenas falou que a professora havia dito par ele dizer que um colega o tinha arranhado.


Por insistência da mãe, o menino confessou o que teria acontecido. O filho contou que ao pedir a professora para tomar água, ela não permitiu e quando percebeu que a criança insistia no pedido, a teria agredido, deixando-lhe a marca no pescoço.

Ela relatou ainda que ao ir à escola encontrou resistência da diretora e da professora acusada. As duas ainda teriam tentado agredi-la. Depois de muita insistência da mãe, a diretora teria transferido a criança de turno, mas a professora continuou na escola.

A diretora Maria Nonata Andrade confirmou a denúncia da mãe e disse ainda que por causa do fato, a professora teria sido processada e condenada a pagar cestas básicas, mas que o caso foi isolado e por isso não relatou o caso à Secretaria Municipal de Educação (Semed).

“Como foi o primeiro caso dela, eu resolvi dar outra chance. Até porque todos têm o direito a uma segunda chance. Porém, depois disso, fiquei observando as ações dela, até que surgiu essa outra denúncia e eu levei ao conhecimento da Semed, que a afastou de suas funções”, justifica-se.

Providências em casos de violência escolar
Aos pais que ouvirem dos filhos relatos de agressão escolar, o promotor Paulo Avelar orienta a irem à escola conversar com o professor e com gestores da escola (diretores e coordenadores). Caso a agressão deixe alguma marca física, os pais devem procurar a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e a Promotoria Especializadas em Crimes contra Crianças e Adolescentes e fazer um exame de corpo de delito.

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