Pesquisadores terão apoio da Fapema |
Pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão (Ufma - Campus Imperatriz), coordenados pelo pós-doutor em Física, Adenilson Oliveira dos Santos, estão buscando uma solução para esse problema. O projeto recebeu financiamento do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com o recurso será comprado um equipamento holandês de aproximadamente 300 mil reais, chamado Empyrean, importante para estudar sistemas em baixa temperatura.
Os pesquisadores tentam entender todo o processo de cristalização dos biocombustíveis, buscando saber como e por que congelam. "O problema disso é que esses cristais se fundem uns aos outros e formam grandes aglomerados que podem restringir ou impedir o fluxo livre dos combustíveis nas tubulações e filtros dos automóveis, causando problemas no desempenho e danificando o motor do carro", contou Adenilso. Com a pesquisa espera-se identificar aditivos que inibam esse congelamento do biodiesel. "Mas primeiro será preciso saber quais são as propriedades dele em temperaturas baixas, em lugares que atingem baixas temperaturas, como o sul do Brasil e a Europa, por exemplo. Caracterizando isso, você irá à outra etapa do estudo, que é inibir a cristalização", completou.
O pesquisador destacou, também, as vantagens da produção do biodiesel em relação aos derivados do petróleo e apontou os setores social, econômico e ambiental como os principais beneficiados. "A vantagem do biodiesel em relação ao diesel comum é que ele é uma fonte renovável de energia, não poluente e ainda tem o benefício de empregar um número maior de pessoas na cultura das oleaginosas durante seu processo produtivo", ratificou.
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