Professores da rede municipal, que estão em greve, aguardam reunião

A greve dos professores da rede municipal de educação chega ao 15º dia. Em toda a capital são 170 escolas e 80 anexos parados, 6 mil professores com atividades paralisadas e mais de 100 mil alunos sem aulas. Mesmo com as constantes manifestações dos professores e o pedido de apoio aos vereadores, o impasse entre a categoria e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) continua.

Professores reivindicam o reajuste salarial de 27,5 %. Para a secretária da Semed, Sueli Tonial, esse índice é impossível de ser concedido. A secretária justifica que o aumento reivindicado não é compatível com o orçamento da secretaria. Até agora, a Semed ofereceu reajuste de 8 %.

Nos últimos dias, a categoria tem concentrado as manifestações na Câmara de Vereadores, no intuito de buscar apoio dos parlamentares. O representante do comando de greve, Euges Lima informou que o objetivo é fazer com que os vereadores sejam mediadores entre a categoria e a prefeitura na busca por uma solução que seja agradável aos dois lados.

A posição de mediadores foi confirmada pela vereadora Rose Sales (PCdoB). Ela disse que esse é o único papel que cabe ao poder legislativo municipal.

“Os professores vieram até nós, buscando uma mediação entre a categoria e a prefeitura. Hoje mesmo, o presidente Isaias Pereirinha e o líder do governo, vereador José Joaquim, receberam o comando de greve. Ficou acertada uma reunião entre o procurador-geral do município, as Secretarias de administração e educação, cinco vereadores e representantes do sindicato”, informou Rose Sales.

A presidente do Sindicato dos Professores do Município de São Luís (Sindeducação), Lindalva Batista, confirmou que a reunião intermediada pela Câmara de Vereadores foi marcada para esta quarta-feira, 9, às 17h, na sede da prefeitura de São Luis.


Nova manifestação
Antes da reunião desta quarta, Lindalva Batista informou que os professores devem sair novamente em caminhada pelas ruas do centro. A manifestação deve se concentrar na Praça Deodoro e seguir pela Rua da Paz, até a frente da prefeitura, na Praça Dom Pedro II, onde os grevistas devem ficar acampados à espera do resultado da reunião.


Semed nega reunião
Por meio da assessoria de imprensa, a Semed negou que tenha recebido qualquer solicitação de reunião com o sindicato dos professores. O órgão ressaltou que a Semed continua disposta a negociar com os grevistas, mas que nenhum contato foi feito na intenção de haver qualquer reunião nesta quarta-feira.