O grande número de acidentes registrados na rodovia MA-202, conhecida como Estrada da Maioba levou os moradores a tomar uma atitude extrema, na manhã desta segunda-feira, 7. Eles resolveram construir lombadas no trecho próximo à Vila Tiago Arôso, no município de Paço do Lumiar, considerado por eles como o mais perigoso da via.
A reclamação dos moradores vai mais longe. Eles denunciam que antes da recuperação do asfalto no local, concluída há menos de um mês, havia quebra-molas ao longo de toda a via. As lombadas teriam sido quebradas para que os serviços de recuperação pudessem ser feitos, porém, após o término da obra, nenhuma das barreiras de trânsito teria sido reconstruída.
Segundo a professora Jeane de Jesus Ribeiro, de 36 anos, só no mês de maio foram seis acidentes no local, dentre os quais, quatro tiveram vítimas fatais.
“Seis acidente em um mês, é um número muito alto. Sempre morei perto dessa avenida e posso garantir que os acidentes eram bem menos quando tinha quebra-molas, até porque com eles, os motoristas tendem a andar mais devagar”, relatou.
Reunido com mais 10 moradores, o vigilante José Adriano Costa, de 38 anos, utilizava pedaços de ferro para quebrar o asfalto, no intuito de reconstruir as lombadas. Ele disse que a ação foi a saída encontrada pelos moradores para tentar diminuir o perigo que a rodovia representa sem as proteções.
“Somos nós que corremos risco de vida morando perto dessa avenida. E já que o governo não faz, a comunidade teve que se juntar e fazer”, lembrou.
O acidente mais recente na Estrada da Maioba aconteceu na manhã desta segunda, quando um motoqueiro morreu após colidir com uma carreta Scania.
Outra preocupação dos moradores é em relação a pouca largura da avenida, o que prejudica, principalmente, o transitar de ciclistas. Quem precisa ir a outros lugares de bicicleta é obrigado a correr o risco de andar por entre os carros, uma vez que no local não há ciclovia.
“Várias pessoas daqui da Vila Tiago Arôso utilizam a bicicleta para ir ao trabalho ou a outros lugares e sem ciclovia o perigo é bem grande”, comenta a moradora Ana Cláudia Ferreira, de 40 anos.
Resposta do governo
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Infarestrutura (Sinfra), informou que as lombadas ainda não foram reconstruídas porque a obra ainda está em fase de acabamento. O órgão informou ainda que estão restando apenas construir o meio-fio e sinalizar a via, que consiste na pintura das faixas na rua e a colocação de placas de trânsito.
Sobre os quebra-molas, a Sinfra alegou que nos locais onde os moradores quebraram o asfalto na manhã dessa segunda-feira, serão construídos redutores de velocidade e que a obra concluída deverá ser entregue até o fim de junho, quando termina o prazo, de acordo com o cronograma oficial.
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