quarta-feira, 2 de junho de 2010

Servidores federais em greve há 27 dias realizam manifestação na capital


Em greve há 27 dias em 22 estados brasileiros, os funcionários da Justiça Federal e do Ministério Público da União realizaram nesta terça-feira, 1º, um ato público nacional denominado pela categoria como “Apagão do Judiciário e MPU”. Em São Luis, mais de 50 servidores concentraram-se em frente ao prédio da justiça Federal, na Areinha e reafirmaram a pretensão de continuarem parados, na luta pela aprovação dos Planos de Cargos e Salários.

O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU do Maranhão (Sintrajufe), Saulo Arcangeli informou que, além de marcar o 27º dia de greve, o “Apagão do Judiciário e MPU”, tinha como objetivo aprofundar o movimento e chamar a atenção para uma reunião prevista para esta terça-feira em Brasília, com o ministro do planejamento Paulo Bernardo e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso. Os servidores esperam que nessa reunião, possa chegar-se a um acordo.

Arcangeli reafirmou que a greve continua com seus dois objetivos principais: a aprovação de um PCCS (Planos de Cargos, Carreiras e Salários), que tramita na Câmara desde dezembro do ano passado e a não aprovação do Projeto de Lei (PLP 549/09), que congela os gastos da folha salarial dos órgãos públicos federais por um período de 10 anos.

O sindicalista informou ainda que 90% dos servidores da Justiça Federal estão paralisados no Maranhão, enquanto que 60% dos funcionários dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) e Eleitoral (TRE) também estão com as atividades suspensas.


“O bolo do orçamento”


Como símbolo das reivindicações da categoria em relação aos gastos com a manutenção das despesas do judiciário, os servidores fizeram um bolo representando a partilha do dinheiro público pelo Governo Federal.

A representação da diferença entre a parte do orçamento destinada aos gastos com os servidores da Justiça Federal e outros setores, foi mostrada por meio dos pedaços maiores e menores do bolo. No maior pedaço estava representado o dinheiro gasto com o pagamento dos juros da dívida externa, que segundo os grevistas representa 65% da arrecadação do governo. Em contrapartida, apenas 3% do que arrecadado é destinado aos gastos com o judiciário.

O bolo foi partido simbolicamente por representantes dos vários setores do judiciário que estão em greve, como Ministério Público da União, Justiça Federal e os Tribunais do Trabalho e Eleitoral.

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