Pais de alunos da Unidade de Educação Básica “Moranguinho”, no bairro Monte Castelo, acusam uma professora de maus tratos a crianças da escola. A professora teria agredido fisicamente os alunos com puxões de cabelo e até tapas que deixaram marcas.
As agressões estariam acontecendo desde o início do ano, porém teriam sido descobertas apenas há duas semanas, após uma das crianças ter contado em casa o que ocorria na escola. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) afastou a professora da função e instalou processo administrativo.
Uma das mães, de 27 anos (as identificações foram preservadas para proteger as crianças), contou que a filha de apenas 5 anos vinha falando de agressões da professora desde que as aulas começaram. Como a menina falava apenas que via a docente batendo nos colegas de turma, a mãe disse que não deu muita importância.
Porém a situação teria mudado em 6 de maio, quando a menina chegou em casa, segundo conta, com os olhos vermelhos dizendo que a professora a teria machucado.
“Quando perguntei para minha filha o motivo dos olhos vermelhos, ela me falou que a tia lhe deu duas biscas nos olhos. Fiquei revoltada”, conta.
Após ouvir o relato da filha, a mãe foi à escola, na sexta-feira, 7 de maio, dia de festa em homenagem às mães, mas não conseguiu falar com a professora ou com a diretora. O que veio acontecer somente na segunda-feira, 10.
A mãe conta que a diretora quis apenas mudar a criança de sala e que somente após ouvir outros alunos, disse que iria tomar providências.No dia seguinte, a mãe voltou a procurar a escola e foi informada que a professora tinha sido afastada de suas funções.
Outro pai revoltado com a prática da professora, contou que o filho de 5 anos começou a oferecer resistência na hora de ir à escola. Quando questionado pela mãe sobre o motivo, disse ao pai que a professora puxava seu cabelo.
“Toda vez que a gente veste o uniforme nele, meu filho chora e diz que não quer ir à escola porque tem medo da tia. Meu filho está traumatizado”, denuncia.
Esclarescimentos da escola
Procuramos a diretora da escola, Maria Nonata Andrade, para falar sobre o caso e para tentar contato com a professora alvo das acusações. A diretora informou que, tão logo recebeu a primeira denúncia, procurou a professora, que negou tudo.
Maria Nonata disse ainda que, após ouvir uma segunda denúncia, procurou a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e relatou o caso, sendo orientada a fazer a “devolução” da professora.A diretora disse ter ficado surpresa com as denúncias, porque não tinha observado nada de suspeito na professora.
Sobre o contato da educadora,ela informou que na ficha preenchida pela profesora em 2006, quando passou a fazer parte do quadro da Moranguinho, não há endereço ou telefone e que desde que ela foi afastada, não apareceu mais na instituição de ensino.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que a professora alvo das acusações foi afastada da função, situação na qual aguardará resultado de processo administrativo de sindicância já instaurado. A Secretaria informou ainda que também não possui contatos da professora.
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