O músico Régis Marques, de 47 anos, possui três filhos estudando no Colégio Militar 2 de Julho, localizado na Vila Palmeira. Ele ligou para a nossa redação para denunciar a falta de merenda escolar na instituição. O problema estaria acontecendo há mais de três meses e desde o início de março é obrigado a dar R$ 3 para cada um deles para que as crianças não passem fome na escola.
“Sem um lanche no intervalo entre as aulas, as crianças não têm ânimo para estudar. Elas precisam repor as energias, porque esforço mental também causa desgaste”, declarou o pai.
Marques frisa que os gastos que tem com o lanche dos filhos nem são tão altos, porém se somados ao valor de R$ 60 equivalente às mensalidades dos três filhos e ainda os gastos com transporte público, uma vez que mora na Cidade Operária, no fim do mês o valor fica elevado.
Na semana passada, o pai disse ter ligado para a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com o objetivo de saber o motivo da falta de merenda. A Seduc teria informado que o estoque de merenda teria acabado e como o colégio mudou de diretoria recentemente, o novo diretor ainda não tinha autorização para comprar os alimentos.
Resposta da Seduc
Por meio da Supervisão de Alimentação Escolar, a Seduc confirmou a reclamação do pai, mas negou que a falta de merenda esteja acontecendo há três meses e sim desde meados de maio. Informou ainda que o Colégio Militar 2 de Julho está recebendo regularmente os repasses do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Entretanto, a escola está em processo de mudança de gestão e, portanto, do gerenciamento do caixa escolar, que tem como função administrar os recursos financeiros da escola. Informou ainda que está tomando as medidas cabíveis para agilizar o processo e garantir merenda escolar aos estudantes. A Supervisão garantiu que o prazo para o restabelecimento do fornecimento da merenda não deve ultrapassar um mês.
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