Logo cedo, um grupo de estudantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Universidade Federal do Maranhão, realizavam panfletagem dentro do terminal.
A panfletagem realizada pelos estudantes era por ocasião do aniversário de 30 anos da Greve da Meia-Passagem, movimento estudantil que em 17 de setembro de 1979 foi às ruas reivindicar o direito à meia-passagem em ônibus coletivos e interurbanos na Ilha de São Luis.
Segundo o universitário e membro do DCE-UFMA Anderson Fonseca, 21, no momento em que os estudantes entregavam os panfletos o diretor do Terminal, acompanhado de guardas municipais, pediu para que eles parassem o que estavam fazendo, alegando que os panfletos denegriam a imagem do prefeito João Castelo.
Como os estudantes continuaram a panfletagem, o diretor chamou alguns policiais militares que se encontravam no terminal e estes exigiram a paralisação da atividade estudantil.
Os estudantes continuaram a entrega de panfletos. Foi quando começou a confusão.
As pessoas que se encontravam no terminal saíram em defesa dos estudantes, contra os policiais, com gritos de “covardes, covardes!”
Testemunhas contam que dois estudantes tiveram suas camisas rasgadas e sofreram algumas escoriações pelo corpo, resultados das agressões dos policiais.
A polícia diz que os policiais militares foram desacatados pelos estudantes, e que estes deram voz de prisão aos universitários.
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) alega que a proibição da entrega dos panfletos foi baseada na Lei Municipal Nº 3430/96, art. 33, parágrafo único que proíbe a panfletagem nos terminais e ônibus coletivos da capital, salvo casos autorizados pela SMTT.
Duas viaturas foram solicitadas pelos PMs para que levassem os estudantes para o Plantão Central da Rffsa.
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