segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Consumidores reclamam de ambulantes na Rua Grande


Em pleno período de fim de ano, onde o movimento na Rua Grande aumenta consideravelmente, consumidores reclamam de ambulantes nas calçadas do maior centro comercial de São Luis. As reclamações recaem sobre o acúmulo de bancas espalhadas ao longo da via.

“Eu também compro produtos em camelôs, principalmente produtos de pouca duração, como óculos e capas de celulares. Mas acho que eles atrapalham sim, de certa forma, o fluxo das pessoas que passam pela Rua Grande”, diz a consumidora Ana Gorete de 37 anos.
Os ambulantes se defendem dizendo que não atrapalham ninguém. Eles alegam que a venda é o único meio que têm para sobreviver.

“Eu tenho que sustentar minha família. E essa é a única renda que tenho”, afirma o vendedor Cláudio Roberto, de 35 anos.

Roberto trabalha como vendedor desde criança, alternando o trabalho com empregos temporários. Ele diz que chega a tirar entre R$ 30 e R$ 50 por dia. Quando o movimento melhora, como no fim do ano, a renda chega até a R$ 100.

Sobre a possibilidade de transferência para o Centro de Comércio Informal (CCI), na Rua Magalhães de Almeida, os vendedores dizem que nunca foi feita nenhuma sondagem por parte da prefeitura acerca dessa possibilidade. Além disso, eles garantem que o espaço do CCI é muito pequeno e o movimento muito fraco.

“O espaço no CCI é mínimo e já há muitos vendedores lá. Se formos pra lá, não vai ter espaço. Isso sem falar que vai prejudicar nossas vendas, pois o movimento lá é pouco”, relata Jackson Fernandes de 25 anos, que trabalha na Rua Grande há oito anos.

Fernandes afirma ainda que no início deste ano, a prefeitura fez um trabalho de organização dos vendedores ambulantes. A intenção era melhorar a estrutura para facilitar o fluxo de pessoas.

“Fomos orientados a afastar mais nossas bancas da rua, para que as pessoas tivessem espaço para andar. Fizemos isso. Somos organizados!”, exclama o comerciante.

Em nota, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh), informou que existem cerca de 2 mil comerciantes informais atuando no Centro. O número exato será conhecido apenas quando o órgão finalizar um levantamento que está fazendo realizado.

A Semurh informou ainda que para garantir o conforto dos consumidores, no período natalino, foi iniciado um trabalho de orientação dos comerciantes locais. O procedimento começou na semana passada. O objetivo é permitir a circulação de consumidores, cujo número aumenta significativamente no período natalino.

Até o final deste mês, a Semurh continuará realizando operações educativas com os comerciantes para, em seguida, iniciar a correção dos problemas que vierem a ocorrer.

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