terça-feira, 11 de outubro de 2011

Renato Russo: 15 anos sem o poeta da juventude brasileira!

Renato Russo: O Eterno Poeta da Juventude!
Há quinze anos o Brasil perdeu um dos maiores ícones de inteligência jovem surgida no movimento do rock nacional dos anos 80, Renato Manfredine Júnior, conhecido como Renato Russo.

Depois de seis anos brigando contra o vírus da AIDS, Renato veio a falecer no dia 11 de outubro de 1996 ,aos 36 anos, deixando uma geração de legionários e não legionários que gostavam das suas músicas pela inteligência embutida em suas letras órfãos.

Desde a adolescência viciado em literatura, cinema, rock and roll entre outras formas de cultura, Renato revolucionou o rock nacional com suas belas letras que sabia protestar com contundência, falar de amor sem ser brega (nem careta) e cantar as coisas da vida como ele só sabia fazendo-nos acreditar que aquela letra foi feita para nós que a ouvimos.

Para alguns, Renato era um poeta, um messiânico ( adjetivo que ele detestava) e para outros ele era um deus a ser seguido por sua “ Religião Urbana” ( outro termo que ele não gostava). Artista único no cenário nacional, enquanto as maiorias das bandas da década de 80 em busca de maior popularidade na mídia se preocupavam em gravar videoclipes maneiros, ele com a Legião Urbana faziam qualquer gravação besta, beirando o tosco, do qual fazia o telespectador prestar atenção no que estava sendo cantado e não mostrado, como ele mesmo falava - música foi feita para ser ouvida, por isso a não ser “Perfeição” ( exceção) os outros clipes são todos de baixa qualidade artística.

Renato é responsável por canções que marcaram o cenário da música brasileira como: Geração Coca-Cola ( retrato de uma geração que só queria consumir a cultura norte americana); Índios ( mostra um Renato Russo intimista preocupado com os problemas do mundo – “ Quem me dera ao menos uma vez, acreditar por um só instante em tudo que existe e acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes”, só por esse verso a música já estava perfeita); Faroeste Caboclo ( em época em que fazer música de sucesso é repetir uma palavra por mais de cinco minutos acompanhado de uma batida besta e sem graça, Faroeste é uma aula de como fazer uma letra com conteúdo); Pais e Filhos ( “ É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, mais nada a declarar sobre essa canção, depois desse refrão é só ouvir a música e sentir a emoção que ela passa com o seu lirismo).

Renato sabia como poucos transpor em suas canções as angústias e sofrimentos do ser humano numa profundidade poética que o fazia ser respeito como letrista à altura de Chico Buarque e Caetano Veloso.

Esse é um ano muito frutífero para os fãs do Legião Urbana, O documentário Rock Brasília – A era do ouro – já está nos cinemas e conta a história das bandas surgidas em Brasília nos anos 80 com foco no Capital inicial, Peble Rude e Legião Urbana. E o filme “ Somos tão jovens” que vai contar a história de Renato Russo na sua primeira banda, o Aborto Elétrico, até o lançamento do primeiro disco do Legião, já teve as gravações encerradas e o lançamento está para o início do ano que vem assim como o filme baseado na letra de “Faroeste caboclo”.






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