quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O perigo do lanche rápido na hora das refeições



A vida agitada dos grandes centros urbanos leva muitas pessoas a criarem hábitos alimentares nem sempre saudáveis. Muitos chegam a trocar as refeições diárias por lanches mais rápidos e na maioria das vezes, preparados sem higiene ou mesmo de baixo valor nutricional.

Para orientar a população sobre esses hábitos tão comuns no nosso dia-a-dia, O Imparcial Online conversou com algumas pessoas que costumam lanchar fora de hora e falamos também com uma especialista sobre os riscos gerados por essas práticas alimentares.

O professor Jonilson Costa, de 41 anos, confessa que de vez em quando costuma comer um salgado com refrigerante na rua, enquanto espera à hora do almoço, mas reconhece o perigo que isso pode trazer para a sua saúde. “Às vezes eu faço sim, um lanche rápido, mas procuro evitar porque sei do perigo que alimentos, como frituras e salgados podem trazer para minha saúde. Além disso, há ainda o risco de comermos alimentos mal preparados ou mal conservados. O certo e melhor mesmo é ter mais paciência e esperar a hora do almoço e comer em um local com o máximo de higiene possível”, comenta.

Costa enfatiza ainda que a consciência sobre a importância de uma boa alimentação é um aprendizado que vem da família. Ele ressalta que os pais sempre orientaram eles e os irmãos a alimentarem-se de forma saudável e que essa orientação foi sendo repassada para as novas gerações da família.

Segundo especialistas, os grupos mais propícios a contraírem doenças provenientes de uma alimentação errada são as crianças, adolescentes e jovens, uma vez que eles estão em desenvolvimento.

A estudante Jéssica Ohana, de 18 anos, encontra-se num dos grupos de risco. Ela conta que normalmente faz um lanche rápido quando sai da faculdade, mas faz questão de enfatizar que como acadêmica da área de saúde, conhece os riscos dos hábitos alimentares, principalmente para a sua faixa etária. “Sempre ouvi falar do perigo dos alimentos oleosos e de comer fora de hora, mas comecei a entender os reais males que isso pode trazer para a minha saúde depois que comecei a cursar enfermagem. Por isso procuro na medida do possível, evitar”, relata.

Já o publicitário Glauber Santos, de 34 anos, acredita que o risco está apenas nas lanchonetes de pequeno porte, em quiosques e na bike lanches, por apresentar baixa higiene. Ele disse que sempre lancha em shoppings ou em lanchonetes que apresentem uma boa higiene e que por isso está tranquilo em relação a sua saúde.

Glauber, que lanchava com a mulher e o filho de dois anos, contou que a preocupação que tem com a alimentação dele é redobrada quando se trata do filho.

Orientações

A nutricionista Tereza Aureliano explica que as principais doenças geradas pela ingestão de alimentos não saudáveis são obesidade, hipertensão e colesterol alto. Ela esclarece ainda que os riscos relacionados a alimentação podem ser causados por dois motivos principais, a forma como ele é preparado e a higiene com que é preparado.

No que diz respeito a forma de preparo, a nutricionista afirma que todos os alimentos vendidos em lanchonetes, seja de shoppings, de qualquer outro local ou mesmo os famosos bikes lanches, possibilitam riscos à saúde. Isso porque eles são preparados da forma mais rápida possível, geralmente são frituras, o que aumenta o teor de colesterol ruim e diminui o valor nutricional.

Já em relação à falta de higiene, a maior incidência é observada nas lanchonetes de menores portes ou móveis, como carrinhos de cachorro quentes ou mesmos bikes lanches, onde os alimentos, normalmente, são preparados por uma única pessoa, fazendo com que o manuseio dos ingredientes não tenha o mínimo cuidado possível.

Educação alimentar


A nutricionista relata que as crianças, adolescentes e jovens estão entre os que mais sofrem com hábitos alimentares não saudáveis e ressalta que a educação alimentar do ser humano passa por três bases da vida das pessoas: a família, a escola e o meio social em que está inserido.

Tereza afirma que nada adiantará se em casa, os pais orientarem os filhos a comer de forma saudável, se na escola ou no grupo de amigos ele é praticamente obrigado a ingerir alimentos que trazem risco a saúde. “Por exemplo, se a mãe coloca suco na lancheira da criança, mas na escola são vendidos apenas refrigerantes na cantina. Ou ainda se numa festinha que ele vai, só é servido esse tipo de bebida, ou o contrário. A tendência é que o hábito de tomar suco vá diminuindo pela influência dos outros meios. A educação alimentar tem que estar integrada entre as três bases de desenvolvimento do ser humano”, esclarece.

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