A novela do transporte público de São Luís parece estar ainda longe do fim. Após uma semana de greve, o impasse entre rodoviários e empresários permanece contabilizando multas, paralisações de ônibus no meio da viagem e muitos transtornos para a população ludovicense. Na tarde desta terça-feira (22), as duas partes disseram estar esperando o outro tomar a iniciativa para que um possível fim da greve venha a acontecer.
Reunido com toda a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA), o presidente da entidade, Dorival Silva, afirmou que uma possível assembleia da categoria só acontecerá após uma nova proposta salarial do Sindicato das Empresas de Transportes (SET).
"Não posso afirmar nada enquanto não tiver com uma proposta dos empresários em mãos. A realização de nova assembleia da categoria e possível fim da greve dependerá se essa proposta for feita e de que forma será feita", explicou Dorival.
Enquanto isso, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes (SET), José Medeiros, afirma que somente voltará a negociar com os rodoviários quando estes voltarem ao trabalho.
"Não há nenhuma intenção da nossa parte em conversar e muito menos em fazer alguma proposta salarial a eles, pois se fizéssemos isso, estaríamos compactuando com a ilegalidade, já que eles estão agindo de forma ilegal", garantiu Medeiros.
O presidente do sindicato patronal disse ainda que se mantivesse qualquer tipo de negociação com os rodoviários, estaria incentivando o crime de desobediência, uma vez que os trabalhadores estão desobedecendo a uma determinação judicial.
"Mesmo não concordando com a determinação de conceder reajuste de 7%, iríamos recorrer, mas sem causar transtorno nenhum à população. A proposta da desembargadora cabia recurso das duas partes, tanto da nossa que achou muito, quanto da deles, que acharam pouco. Entretanto, eles preferiram parar 100%, em vez de recorrer da decisão com a manutenção do serviço e sem causar tantos transtornos à população", disse.
Nesta terça, a greve em caráter geral, entra no segundo dia e a multa aplicada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) chega a R$ 90 mil, sendo R$ 10 mil na sexta passada, quando a categoria paralisou atividades das 9h às 12h, R$ 40 mil nesta segunda e mais R$ 40 mil desta terça.
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