No início desta semana, a Polícia Federal (PF) prendeu 15 pessoas envolvidas em um esquema bem articulado e audacioso, que fraudava vestibulares de medicina em cinco Estados, entre eles o Maranhão.
A operação batizada de "Arcano" cumpriu 15 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão. Além do Maranhão, a fraude foi descoberta ainda nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí, Goiás e Mato Grosso. Ao todo, foram verificadas fraudes em 13 vestibulares promovidos por instituições de ensino públicas e privadas desses estados.
As prisões foram efetuadas nas cidades de Jaú (SP), Ituverava (SP), Rio Grande (RS), Jataí (GO), Goiânia (GO), Marabá (PA), Teresina (PI), Lauro de Freitas (BA), Porto Nacional (TO) e Gurupi (TO). Entre os objetos apreendidos com o grupo estava um ponto eletrônico que seria utilizado para a comunicação com os candidatos.
Segundo a PF, a organização contava com três grupos para operar o esquema: o primeiro cooptava os vestibulandos; o segundo se encarregava de treiná-los no uso do ponto eletrônico e o terceiro seria composto por especialistas em diferentes disciplinas que resolviam a prova em suas áreas e informavam as respostas a um comando central, que as repassava para os alunos.
O delegado Cláudio Carvalho, responsável pelas investigações, revelou em conversa com a reportagem de O Imparcial que, por enquanto, os possíveis maranhenses envolvidos estariam no grupo dos vestibulandos que eram cooptados pelo esquema. Carvalho, porém, não disse qual ou quais instituições no Maranhão estariam envolvidas. “Não podemos revelar ainda o nome de instituição para não atrapalhar as investigações que devem continuar nos próximos dias, com a possibilidade de novas prisões”, explicou.
Os presos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato, cujas penas somadas podem atingir de 2 a 8 anos de prisão. Os alunos que se beneficiaram da fraude responderão por crime de estelionato.
Operação Arcano
A palavra Arcano está ligado a segredo e mistério. Cláudio Carvalho explicou que a operação foi batizada com esse nome, exatamente, porque, envolve a quebra do sigilo das provas, a violação do conteúdo dos testes dos vestibulares.
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