sexta-feira, 23 de abril de 2010
Professores do estado paralisam por 48h e podem fazer greve geral a partir da próxima semana
Professores da rede estadual de ensino voltaram a paralisar as atividades nesta quinta-feira, dia 22. A paralisação será por 48 horas e faz parte da mobilização dentro da Semana Nacional de Valorização e Promoção da Educação Pública. Porém, caso governo e sindicato não cheguem a um consenso na reunião que acontece na próxima segunda-feira, 26, pode ser deflagrada greve geral da categoria.
A reunião entre o secretário de Educação, Anselmo Raposo e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) irá funcionar como ultimato do sindicato ao governo, segundo afirma O secretário de comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres.
“Vamos aguardar essa reunião de segunda-feira. Se percebermos que as negociações não avançam, deflagraremos uma greve geral", garantiu.
Sobre a possibilidade de greve geral e as demais reclamações dos educadores, a assessoria da Secretaria de Educação (Seeduc) informou que só irá se pronunciar após a reunião de segunda-feira, mas que está confiante que todos os impasses serão resolvidos nessa reunião.
Guterres informou que após a última paralisação da classe, realizada em 6 de abril, houve apenas uma reunião entre a diretoria do Sindicato e o novo secretário de Educação, Anselmo Raposo. A reunião serviu apenas para os educadores apresentarem reivindicações e informar a situação da rede estadual de ensino ao novo secretário e ouvir as propostas do governo.
Escolas sem professores
Júlio Guterres disse que, além da aprovação do Estatuto do Educador, o sindicato está cobrando também a regularização da situação da educação estadual. Ele relata que muitas escolas estão sem aulas em todo o estado porque faltam professores.
“A situação das escolas em todo o estado mostra o pouco caso que o governo do estado está tratando a educação”, denunciou.
A falta de professores, segundo o secretário de comunicação, acontece devido a demora do governo em chamar os aprovados no concurso público e no seletivo realizados no início do semestre. Ele disse também que o total de nove mil professores aprovados nos seletivos é insuficiente para completar o quadro das escolas da rede estadual.
Gutrerres frisou que de acordo com um levantamento realizado pelo Sinproesemma, São Luis é o município onde há a maior deficiência no quadro de professores das escolas estaduais.
“Em São Luis a escola que tem o melhor quadro de professores, faltam 10 profissionais. Essa realidade é uma constante em todo o estado”, relatou.
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