Faz um mês que os moradores da Rua 18, na Cidade Olímpica, não sabem o que é água na torneira. A situação seria originária de um defeito na bomba do poço artesiano que abastece a rua. O presidente da associação de moradores do bairro, João Batista Lira, de 64 anos, diz que o problema é ainda maior.
Além do poço a Rua 18, a Cidade Olímpica possui outros 12 poços que atendem a aproximadamente 15,5 mil residências, mas apenas quatro estão funcionando normalmente. Nas contas da liderança comunitária, os problemas nos outros nove poços deixaram mais da metade do bairro sem água. Uma das moradoras que sofrem com a falta d’água é a dona de casa Maria de Nazaré Silva, de 35 anos.
“Passar o dia sem comer até que a gente consegue, mas passar o dia sem beber água é impossível!”, reclama.
Na manhã da última quinta-feira, 6, um carro-pipa da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) abastecia tanques e baldes de moradores da Rua 18. O atendente Fernando Martins, de 28 anos, foi um dos que pegaram água do carro-pipa. Ele disse que já não agüenta mais ter que ficar esperando o fornecimento para ter água em casa.
“Estamos há mais de um mês nessa agonia de ter que todo dia esperar o carro-pipa da prefeitura chegar para poder tomar banho ou até mesmo beber. Queremos que consertem logo essa bomba”, afirmou.
A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que já está em processo a licitação para aquisição de novas bombas para os poços da Cidade Olímpica. Informou ainda que a prefeitura está disponibilizando o abastecimento d’água aos moradores, por meio de carros pipas, até que o problema esteja sanado.
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