quinta-feira, 3 de novembro de 2011

147 anos sem o grande poeta maranhense Antonio Gonçalves Dias

Hoje, 03 de novembro, faz exatamente 147 anos que o grande poeta maranhense Gonçalves Dias morreu em um naufrágio quando regressava ao Maranhão. Faleceu com apenas 41 anos, infelizmente a data passa despercebida, mesmo sendo este homem a figura mais importante da história do Maranhão e cujo obra e vida é reconhecida e propagada nos maiores centros de ensino do mundo.

Hoje, falamos um pouco sobre sua vida e obra que é digna de tanta admiração e um grandioso exemplo a ser seguido e as vezes dá para “viajar” no mundo de Gonçalves Dias. Mesmo legando o nome à cidade gonçalvina, nem mesmo nela há qualquer lembrança de seu nome ou de suas obras, parece que o ostracismo se faz de modo consciente.

Nascido em Caxias, era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza brasileira, o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra.

Iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835 quando foi matriculado em uma escola particular. Estudou em Coimbra, onde obteve o grau de bacharel em Direito em 1844. De volta ao Brasil, exerceu a docência e funções públicas, incluindo a diplomacia na Europa. Em 1849 fundou com Manuel de Araújo Porto-alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época – 1849 – É nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II – 1851 – Publicação dos Últimos Cantos – 1852 – É nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros.

A parte da obra de Gonçalves Dias que teve maior difusão e até hoje a mais lida é a de temática indianista. Ao seu indianismo se devem, de fato, algumas das obras primas da poesia de língua portuguesa: “I-Juca Pirama”, “Leito de folhas verdes”, “Marabá” e “Canção do Tamoio”.

Sergio Buarque de Hollanda, que, num prefácio de 1939 aos Suspiros poéticos e saudades, afirma: “Gonçalves Dias, faz uma arte desinteressada, onde as paixões valem pelo que são e pela beleza de seus contrastes”.

Nosso Hino Nacional tem uma parte retirada de sua poesia “Canção do Exílio”: “Nossos bosques têm mais vida; nossa vida no teu seio mais amores”













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