Dia de Finados é marcado por lembranças e homenagens em cemitérios da capital

Já passava do meio dia, quando a dona de casa Dinair Sousa, de 74 anos deixava flores e acendia velas nos túmulos de parentes enterrados no Cemitério do Gavião. Nem mesmo o sol quente do horário desanimava a dona de casa, que junto com a filha Maria Cristina Coelho, de 35 anos, prestava homenagens aos entes queridos.

“A saudade é imensa. O fato de vir aqui no cemitério e ficar um pouco perto do túmulo, ajuda a suavizar a falta que a gente sente e nem mesmo o sol pode atrapalhar esse momento”, contou.

Assim como Dinair, centenas de pessoas passaram pelo Cemitério do Gavião, um dos mais antigos e maiores da capital, na manhã desta terça-feira, 2. E assim como no cemitério do bairro da Madre Deus, o Dia de Finados foi marcado por muita oração, ladainhas e homenagens em todos os principais cemitérios de São Luís.

Entre as muitas pessoas que passaram pelo Cemitério do Gavião, estava Arinildes Batista, de 51 anos, moradora do bairro Jardim São Cristóvão. A aposentada, que tem pai, irmão e filho enterrados no cemitério, disse que todos os anos, passa o dia inteiro no local, como forma de matar um pouco a saudade dos familiares.

“Chego às 8h da manhã e saio apenas depois que o cemitério fecha. Sei que só Deus mesmo para confortar a saudade que sentimos dos nossos entes queridos, mas o fato de estarmos aqui onde eles foram enterrados ajuda a nos sentir mais próximos deles”, relata.

O militar Marco Abreu, de 39 anos, que reside na Cohab, também tem parentes enterrados no Cemitério do Gavião. Para ele, o Dia de Finados é um momento para lembrar e homenagear aqueles que se foram. Ainda segundo Abreu, o dia é também oportuno para refletir sobre esse mistério chamado morte.

“A morte é uma coisa que sabemos que não tem jeito. Por mais contraditório que possa parecer, é a única certeza que temos na vida. Mesmo assim, não conseguimos nos acostumar com a idéia de perder nossos entes queridos”, comentou.


Trânsito congestionado

Na Estrada de Ribamar, via que dá acesso ao cemitério Jardim da Paz, o trânsito ficou bastante congestionado durante toda a manhã. O engarrafamento, que começou ainda no bairro da Forquilha, prolongou-se até a entrada do cemitério.