Foto: A. Baêta
Atravessar a Avenida dos Franceses, em frente ao Terminal Rodoviário de São Luis, virou uma aventura muito perigosa e tem como resultado vários acidentes, alguns com vítimas fatais.
O perigo deve-se à danificações no alambrado localizado sobre o canteiro central da avenida. A proteção foi instalada com o objetivo de evitar que pedestres atravessem a via fora da faixa de pedestres. Porém com os buracos abertos no alambrado, há cerca de dois anos, muitas pessoas passam por eles e arriscam-se numa travessia perigosa.
A imprudência tem sido observada constantemente por vendedores ambulantes, taxistas e demais pessoas próximas à rodoviária.
A vendedora Maria do Socorro Rodrigues, de 48 anos, trabalha em frente ao terminal rodoviário há mais de 20 anos e conta que já observou muitos acidentes na travessia da avenida. Ela diz que apenas o alambrado não é suficiente para evitar os desastres.
“Se consertarem o alambrado, os acidentes podem até diminuir, mas o certo mesmo era ter, pelo menos, um guarda de trânsito orientando motoristas e pedestres aqui”, observou.
Para Maria, as imprudências no local devem-se porque o movimento no local é na sua maioria, de pessoas do interior do estado, que chegam à capital desacompanhadas e não encontram nenhuma orientação na travessia da avenida.
Em alguns instantes no local, a equipe de reportagem de O Imparcial Online presenciou algumas pessoas aventurando-se entre os carros para passar de um lado para o outro da avenida, como o motorista Weberth Brandão, de 32 anos, que mora em Bacabal, mas sempre vem a São Luis.
Brandão, que estava acompanhado da esposa e filha, disse que atravessou fora da faixa porque estava apressado.
“Estou chegando agora aqui em São Luis, e estou um pouco apressado para ir até a faixa de pedestres”, explicou.
Passarela suspensa
Antes do alambrado, a travessia no trecho da Avenida dos Franceses era feita por meio de uma passarela de ferro suspensa. A estrutura, porém foi retirada do local há cerca de seis anos. A retirada acoanteceu pela pouca utilização dos pedestres. A informação é da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).
O caldeireiro Márcio Sousa, de 56 anos, diz que a retirada da estrutura, e a instalação do alambrado são ações que não diminuíram em nada os acidentes. Ele defende que a única iniciativa que poderia evitar as ocorrências seria uma melhor sinalização e fiscalização no local.
“Não adiantou em nada retirar a passarela, isso foi apenas uma forma de ‘cobrir o sol com a peneira’, não resolveu nada. O que precisa é de uma sinalização e fiscalização eficiente”, sugestiona.
Acidente fatal e mobilização
Após o último acidente ocorrido na Avenida dos Franceses, que resultou na morte do vendedor ambulante conhecido como “Zé do Queijo”, no mês de fevereiro, a Associação dos Comerciantes, Prestadores de Serviços e Usuários do Terminal Rodoviário de São Luís (Rodoservice), agentes de viagens que trabalham no terminal rodoviário, Sindicato dos Carregadores, taxistas e a União dos Moradores da Vila Lobão uniram-se no intuito de cobrar do poder público, reparos no alambrado que serve de proteção.
O coordenador do Departamento Ação Social e Cultural da Rodoservice, Raimundo Nonato Polary Pisk, informou que um ofício com a solicitação teria sido enviado à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).
Além do conserto do alambrado, as entidades solicitam, também, a construção de redutores de velocidade nos dois sentidos da via.
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