quarta-feira, 31 de março de 2010
Moradores da Salina do Sacavém temem outro deslizamento de terra
Um ano após o deslizamento de terra que resultou no desabamento de cinco casas e na morte de duas pessoas, os moradores das Ruas 1 e 2 da Salina do Sacavém temem viver, outra vez, o mesmo pesadelo. O medo aumentou ainda mais após a chegada definitiva do período chuvoso a São Luis.
O vice-presidente da Associação de Moradores do bairro, Jailson Costa, de 35 anos, reclama que há um verdadeiro descaso por parte do poder público para com os moradores das áreas de risco. Ele conta que após a tragédia no ano passado, a Prefeitura e Governo do Estado prometeram prestar assistência aos moradores e tomar uma atitude para evitar que o desastre se repetisse, mas isso não aconteceu.
Segundo o vice-presidente, um ano depois, a única providência tomada foi a inclusão das famílias que tiveram as casas destruídas no programa Aluguel Social, da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas).
“A prefeitura e o governo prometeram reconstruir as casas que desabaram e também construir um muro de contenção para evitar que outras viessem a desabar nesse ano. Mas até agora, nenhuma casa foi reconstruída e o pior de tudo é que o muro que prometeram não foi feito”, reclama.
Costa informa ainda que, além das cinco casas que desabaram, outras 16 ficaram com a estrutura comprometida. Ao todo, era necessário que 21 casas fossem reconstruídas. Após as últimas chuvas que caíram na capital, os moradores voltam a ficar em estado de alerta.
“Ainda não estávamos com muito medo, porque as chuvas estavam fracas. Mas agora que a chuva chegou de vez, o pânico voltou”, ressaltou o vigilante Júlio César Cardoso, de 36 anos.
Com a casa próxima à ribanceira, a doméstica Rosimar Marques de Sousa, de 25 anos, teme ter que viver o mesmo pesadelo de alguns vizinhos. Ela conta que eles, além de ver suas casas e suas vidas desmoronarem, as famílias vítimas da tragédia ainda têm que viver em casas com apenas três cômodos.
“Essas casas que são alugadas para as famílias são muito pequenas. Peço a Deus todo dia que não precise passar por isso. Ainda mais, porque lá em casa somos dez pessoas, não daria para viver em uma casa com apenas três cômodos”, relata.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) informou que as providências na Salina do Sacavém competem apenas à prefeitura e que a única intervenção do estado é na análise da situação por meio da Defesa Civil.
A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que está em curso o processo de licitação para contratação da empresa que irá realizar a construção do muro de contenção e outras benfeitorias, no bairro Salina do Sacavém, visando amenizar os transtornos causados pelas enxurradas.
terça-feira, 30 de março de 2010
Semana Santa sem água em mais de 50 bairros em São Luis
Mais de 50 bairros em São Luis devem continuar com o abastecimento d’água irregular até o próximo sábado, 3(Sábado de Aleluia). O problema é decorrente do rompimento de uma parte da tubulação da adutora do Sistema Italuis, acontecido na última segunda-feira, 29.
O diretor de operação e manutenção da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Cristovam Filho, informou que a distribuição d’água para os reservatórios de cada região já foi iniciada na manhã desta terça-feira. Ele frisou, porém que a regularização total do abastecimento somente acontecerá no fim da semana.
Ainda segundo o diretor, nos bairros localizados nas partes mais altas da capital haverá uma maior demora para a chegada da água. Enquanto o problema não se resolve, a população sofre com os transtornos. No bairro da Alemanha, os moradores percorrem poços particulares atrás de água para realizar as atividades diárias.
Adultos, jovens e até crianças saem pelas ruas do bairro, com baldes, garrafas e até carros-de-mão. Eles formam um verdadeiro cortejo dos sem-água e enfrentam grandes filas nos poços.
Funcionário de um supermercado, Valdir Alves Corrêa, de 36 anos, contou o sacrifício para encontrar água. Desde a manhã da última segunda-feira, ele tem ido buscar água em um poço distante da residência. Ainda segundo o morador, o poço pertence ao proprietário de uma construção que, de boa vontade, permitiu às pessoas o abastecimento.
“Ainda bem que temos esse poço aqui e o dono deixa a gente pegar água, porque senão estaríamos em uma situação bem pior. Precisamos de água para tudo”, observou o morador.
O pedreiro Josenildo Rodrigues, de 25 anos, contou que precisou faltar ao trabalho, nesta terça-feira, para poder carregar a água que vai servir para tomar banho, lavar louça e beber. Ele reclama ainda da demora na regularização no abastecimento.
“Vamos passar a Semana Santa inteira sem água. É uma agonia ter que passar um período desse na seca”, queixa-se.
O diretor de operação e manutenção da Caema, Cristovam Filho, assegurou que um grande esforço está sendo feito para a regularização no abastecimento.
“Sei que o sofrimento da população é grande, mas estamos fazendo o que é possível para minimizar o problema”, declarou.
Festa Anual das Árvores é celebrada por crianças em São Luis
A Festa Anual das Árvores, comemorada na última semana de março, em 15 estados brasileiros, foi aberta oficialmente em São Luis na manhã desta segunda-feira, 29, na escola Municipal Darcy Ribeiro, no bairro do Sacavém. A programação contou com doação e plantio de mudas, apresentação de vídeos e distribuição de material educativo. A atividade foi realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) e contou a participação de cerca de 140 crianças de 3 a 6 anos.
Além das atividades educativas, as crianças tiveram ainda um momento de recreação com o comediante Tiririca Cover sobre a temática “Verde te quero verde”. A comemoração segue até a próxima quarta-feira, 31, com atividades nas comunidades do Bequimão e Maranhão Novo.
Histórico da Festa Anual das Árvores
Em algumas regiões do Brasil, por força do costume, muitas pessoas não observam que a comemoração do Dia da Árvore deixou de existir. De acordo com o Decreto Federal nº 55.795 de 24 de fevereiro de 1965, foi instituída em todo o território nacional, a Festa Anual das Árvores, em substituição ao chamado “Dia da Árvore” na época comemorado no dia 21 de setembro.
A mudança foi feita em razão das diferentes características fisiográfico-climáticas do Brasil. Assim, a Festa Anual das Árvores é comemorada na última semana de março nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, Amapá, Roraima e Rondônia. Na semana de 21 de setembro, nos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Guanabara; Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.”
domingo, 28 de março de 2010
PT apoiará Flávio Dino para o governo do estado
Acabou por volta das 18:30h deste sábado, 27, o congresso estadual do Partido dos Trabalhadores (PT). Após uma disputa acirrada, o grupo liderado pelo deputado federal Domingos Dutra saiu vitorioso e o partido vai apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino (PC do B) ao governo do estado.
O congresso teve início na última sexta-feira, 26, na sede do SESC do Olho d’Água e terminou no início da noite de sábado. Durante os dois dias, o clima no evento foi quente e com muitas intervenções de ambos os grupos.
Há poucas horas da definição, os dois grupos apresentaram contestações pedindo a impugnação de delegados do grupo contrário. Ambas as partes alegavam a ausência dos crachás de delegados para pedir a impugnação.
Ao final da votação, a decisão de apoiar Flávio Dino teve 87 votos contra 85 a favor do apoio à candidatura da governadora Roseana Sarney (PMDB) e apenas uma abstenção.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Preços de peixes e mariscos devem aumentar na Semana Santa
Com a aproximação da Semana Santa, o costume de não comer carne vermelha, promete pesar no bolso de quem não abre mão da tradição religiosa. Isso porque, peixes e mariscos, que são a alternativa de consumo para quem abdica de carne no período, devem ter os preços aumentados a partir da terça-feira santa, quando a procura tende a ser maior. Feirantes e comerciantes prevêem que o valor das iguarias deve ter um reajuste em torno de 66%.
O feirante José de Ribamar Dias, de 47 anos, diz que no período normal, a Pescada, que é a mais procurada pelos consumidores na Semana Santa, é comercializada a R$ 12, já no período religioso, esse valor deve ficar entre R$ 15 e R$ 20.
Além da pescada, o feirante diz que outras alternativas preferidas por quem deseja manter a tradição, como camarão branco, ou os peixes Corvina, Pargo e Robalo, também devem ter os preços aumentados com a chegada da Semana Santa.
Apesar da previsão de elevação dos preços, o aumento na procura de peixes e mariscos também é esperado pelos estabelecimentos que trabalham com a venda das iguarias. No Mercado do Peixe, localizado no Aterro do Bacanga, tanto feirantes, quanto a administração do local calculam uma procura quatro vezes maior em comparação com o período normal.
“Diariamente costumamos vender cerca de três toneladas de peixe por dia. No período da Semana Santa essa média diária deve subir para quinze toneladas”, avaliou o administrador do mercado, João Gama.
A feirante Vanda Corrêa, de 29 disse que já nesse fim de semana, a quantidade de peixes que costuma solicitar dos pescadores que lhe fornece o produto deve ser dobrada em razão da maior procura durante a Semana Santa.
João Gama enfatiza ainda que a já esperada elevação nos preços é uma conseqüência natural decorrente do aumento na procura.
“Quanto maior é a procura pelo produto, maior fica o preço. Mas vamos ficar vigilantes para que os feirantes não abusem muito”, garantiu o administrador.
Mantendo a tradição
Mesmo com a promessa da elevação de preços com a chegada da Semana Santa, muitas pessoas reafirmam que pretendem manter a tradição de alimentar-se apenas de peixes durante o período.
A comerciante Fátima Diniz, de 57 anos, diz que mesmo pagando mais, não abre mão do costume que preserva a vida toda.
“Sei que os preços sempre aumentam, mas nem por isso vou deixar de manter o costume que carrego a vida toda. Vou sim comer apenas peixe durante a Semana Santa”, ressalta.
Algumas pessoas, porém, preferem fazer as compras antes do aumento dos produtos, como é o caso do engenheiro civil Raimundo Nonato Morais, de 42 anos, que preferiu ir à feira nesta sexta-feira, dia 26, há três dias da previsão de aumento.
Casarões coloniais ameaçam cair no Centro Histórico da capital
Com a chegada de vez do período chuvoso á capital maranhense, o risco de desabamento dos prédios coloniais, que estão em péssimo estado de conservação, tornam-se cada vez maior e o medo de comerciantes e residentes da área histórica também.
O artesão Beto Duarte, de 28 anos, tem um comércio ao lado de um dos prédios com risco de desabamento na Rua do Giz. Ele fala sobre os prejuízos causados pelo prédio vizinho.
“A estrutura do prédio está cedendo e envergando para o lado do meu comércio. Além disso, a água da chuva infiltra pelas paredes e pelo teto e vaza para o meu prédio, me obrigando a fazer vários reparos”, queixa-se.
Duarte conta ainda que em todo período chuvoso uma parte interna do prédio desaba, assustando todos os comerciantes vizinhos.
“Por enquanto caíram apenas as paredes de dentro do prédio, quando cair a parte externa é que a tragédia vai ser grande”, alerta.
A situação do comerciante Francisco das Chagas Rêgo, de 60 anos, é bem mais preocupante. O restaurante dele localizado à Rua do Giz fica entre dois prédios que estão com a estrutura comprometida.
“Estou cercado de perigo pelos dois lados. O prédio da direita está todo danificado e o do lado esquerdo, além de estar com risco de desabar, também serve de esconderijo para assaltantes e usuários de drogas”, relata.
Na Rua João Vital de Matos, também conhecido como Beco da Pacotilha, um prédio abandonado há mais de dez anos também revolta e preocupa moradores e comerciantes.
Maria da Paz Campelo, de 53 anos, tem uma lanchonete ao lado do prédio há mais de sete anos e relata a “saga de destruição” do prédio.
“A cada período chuvoso cai alguma parte do prédio. Já caiu parede de dentro e de fora, reboco de todas as paredes e por último vem caindo parte do telhado, tendo inclusive atingido a minha lanchonete”, conta.
O diretor da União de Moradores do Centro Histórico de São Luis (UMCH-SL) Emílio Carlos Rêgo, de 47 anos, lamenta a situação dos casarões e pede mais comprometimento do poder publico na revitalização e conservação do conjunto arquitetônico.
“Moro e trabalho no Centro Histórico há 47 anos. Sou um apaixonado por esses prédios e fico triste quando os vejo esse abandono. Espero que haja um interesse maior por parte do poder público em revitalizar e conservar esses casarões que fazem parte de um patrimônio que não pertence mais somente a nós ludovicenses, mas a toda a humanidade”, relata emocionado.
Rêgo pede ainda o apoio do poder público aos trabalhadores e moradores do Centro Histórico e que estes estejam envolvidos nas ações desenvolvidas para as melhorias na área.
A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéia, informou que a maioria dos prédios abandonados no Centro Históricos é de propriedade particular, o que dificulta a ação do órgão. Ela frisa, porém, que o Iphan está em processo de restauração e entrega de alguns prédios.
Kátia Bogéia enfatiza ainda que o trabalho do Iphan é realizado de maneira preventiva o ano todo. A seis meses do período chuvoso esse trabalho é intensificado, no sentido de vistoriar todo conjunto arquitetônico do Centro Histórico.
terça-feira, 16 de março de 2010
Moradores do Alto da Esperança protestam contra reativação da Funac do bairro
Os moradores do bairro Alto da Esperança, na Área Itaqui-Bacanga estão temerosos pela possibilidade da transferência de alguns internos do Centro de Juventude e Esperança (CJE), da Fundação da Criança e do Adolescente do Maranhão (Funac), na Maiobinha, para o prédio da instituição localizada no bairro, que já abrigou meninas infratoras e que está desativado há mais de dois anos.
Na manhã da última segunda-feira, 15, cerca de 30 moradores reuniram-se em frente ao prédio da Funac do Alto da esperança, para protestar contra a vinda dos menores infratores da para o bairro.
A líder comunitária Conceição Costa, de 49 anos, conta que há dez anos, o local onde hoje é um prédio de ressocialização da Funac já foi um centro comunitário, onde mulheres da comunidade participavam de cursos profissionalizantes.
Ela conta ainda que, a partir do ano 2000 a rotina dos moradores mudou totalmente, não só com o fim dos cursos profissionalizantes na comunidade, mas principalmente com a vinda das menores para o bairro.
“Essas meninas que viviam aqui eram uma verdadeira dor de cabeça para nós moradores. Elas fugiam do prédio e invadiam as casas, roubando as coisas das pessoas e fazendo a maior bagunça nas residências”, relata.
Os moradores desmontram bastante preocupação e dizem temer que a situação piore com vinda dos adolescentes.
“Se acontecer uma fuga, vai ser um tormento para toda a comunidade. Esses adolescentes já têm um histórico de rebelião lá na Maiobinha, imagina o que vão fazer aqui?”, preocupa-se a moradora Iraci Castro, de 71 anos.
Iraci mora ao lado do prédio da Funac e conta que já teve vários prejuízos por causa da instituição. Ela disse que teve a casa invadida pelas menores várias vezes e utensílios domésticos e móveis danificados. Agora o medo é de que, além dos prejuízos materiais, possa haver atentados contra a vida das pessoas, com a chegada dos adolescentes.
“Com as mulheres até dava para lidar, mas como vamos lidar com esses adolescentes?”, demonstrou preocupação.
Os moradores reclamam também, que a vinda dos internos agravará ainda mais a rotulação de que a área, e principalmente o bairro, é uma região perigosa.
“Sempre somos vistos como uma área perigosa, mas em vez de trazerem benefícios que tente mudar essa realidade, eles nos mandam é mais problema. O que queremos é um posto médico e um posto policial”, reivindica o membro da Associação dos Moradores do bairro Afonso de Jesus Leite, de 28 anos.
A assessoria da Funac informou que o prédio localizado no Alto da Esperança é da instituição e que no momento está necessitando do local para abrigar alguns internos. A instituição alega, porém, que antes de encaminhar os menores para o prédio, está conversando com líderes comunitários do bairro, no intuito de minimizar os transtornos da transferência para a comunidade.
Professores ameaçam não iniciar período letivo
Cerca de 100 professores participaram de uma caminhada pelo centro de São Luis na manhã desta terça-feira, dia 16. A manifestação tinha como principal reivindicação a adequação dos salários dos educadores estaduais ao piso salarial nacional, que atualmente é de R$ 1.024.
O secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) Júlio Guterres disse que a caminhada tinha como objetivo chamar a atenção do governo para a reivindicação da categoria. Ele garantiu também, que caso não haja a adequação dos salários, as aulas na rede estadual de ensino, não serão iniciadas no próximo dia 29, como está previsto.
“O piso salarial nacional foi definido há tempos e ainda há professores no Maranhão ganhando R$ 854, ou seja, bem abaixo do piso que é de R$ 1.024. Isso é inadmissível. Se o governo não equiparar os salários, ou mesmo chamar a categoria para conversar sobre o tema, não daremos início às aulas no dia 29”, ressalta.
Os professores concentraram-se em frente á Biblioteca Bendito Leite e saíram em caminhada pela Rua do Sol até a frente do Palácio dos Leões, onde encerraram a manifestação com um ato público.
Nove casos suspeitos e três confirmados de H1N1
O Superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças do Esatdo, Henrique Jorge dos Santos confirmou na manhã desta segunda-feira, dia 15, que os casos de Gripe A no Maranhão já somam 12 entre suspeitos e confirmados. São três casos confirmados em São Luis e cinco casos sob suspeita no interior do estado e mais quatro na capital. As informações foram dadas durante entrevista coletiva na sede da Vigilância Epidemiológica do estado.
Entre os casos confirmados está a jovem Kátia Cileide de Sousa, de 23 anos, que estava grávida de cinco meses e morreu no último sábado no Socorrão II. Além dela, estão confirmados também os casos de uma mulher de 45 anos, internada no Hospital Presidente Dutra e outra de 36 anos, internada no Hospital Potugueses. O estado de saúde das duas mulheres é grave, segundo a Vigilância Epidemiológica.
Os casos sob suspeitas na capital e que ainda esperam resultados de exames são três mulheres grávidas e uma com bebê recém-nascido.
A primeira mulher de 30 anos está internada em estado grave no Hospital Aliança. Ela está grávida de seis meses. Outra mulher, de 27 anos está internada no Centro Médico Maranhense e está com três meses de gravidez. O estado da mulher é leve e estável.
A terceira mulher tem 30 anos e encontra-se internada no Hospital Presidente Dutra e está grávida de nove meses. O estado dela é grave. O quarto caso é de uma mulher, de 25 anos e deu à luz há poucos dias. Ela encontra-se internada no Centro Médico dos Guarás em estado grave e a criança está na Maternidade Maely Sarney sob cuidados médicos.
Além desses casos na capital, a Vigilância informa que há mais cinco sob suspeita no interior do estado. Um do município de Imperatriz e quatro da regional de Presidente Dutra.
Prevenção e vacinação
O Superintendente informou que os casos do Maranhão não estão relacionados com pessoas que viajaram para outro estado ou país. Segundo ele, o vírus está em todos os lugares e qualquer pessoa pode ser infectada.
Henrique Jorge informou ainda que para conter o vírus, a medida é a prevenção e a vacinação.
“Não adianta mais evitar viajar para outros estado ou países. O vírus está em todos os lugares. O que se tem a fazer agora é tomar as mesmas medidas de prevenção de antes, ou seja, lavar as mãos sempre, usar álcool em gel e em caso de apresentar sintomas como tosse, febre alta e apinéia (falta de ar), procurar o posto de saúde mais próximo ou encaminhar-se diretamente ao Centro de Triagem da Gripe A, no PAM Diamante ou ao Hospital Materno-Infantil”, esclarece.
Sobre o calendário de vacinação estabelecido pelo Ministério da Saúde, o Superintendente confirmou que estão mantidas as datas de cada etapa. Ele avalia, porém que as vacinas disponibilizadas pelo Ministério são insuficientes.
Ainda de acordo com Henrique Jorge, o motivo de a maioria dos casos envolverem mulheres grávidas é explicado pelo fato de que nesse período as mulheres ficam mais suscetíveis a contrair doenças, devido à diminuição da imunidade do organismo.
terça-feira, 9 de março de 2010
Dia Internacional da Mulher e de cobranças
Com faixas, apitos e palavras de ordem, cerca de 100 mulheres reuniram-se na manhã desta segunda-feira, na Praça Deodoro, Centro da capital, onde realizaram um ato público em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Da praça, seguiram em caminhada pela Rua do Sol até a Praça Nauro Machado, na Praia Grande, onde o ato foi encerrado.
Nas faixas e palavras de ordem, as manifestantes reivindicavam direitos ainda não alcançados, como também lembravam as conquistas durante os 100 anos de instituição do 8 de março (Dia Internacional da Mulher).
Entre as conquistas celebradas, destaque para o direito ao voto, inserção no mercado de trabalho, e principalmente para a Lei Maria da Penha (Lei 11.340 / 2006), que combate a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Para a deputada estadual Eliziane Gama, presente na manifestação, as melhores condições de trabalho e uma maior participação política devem ser vistos como a bandeira de luta da mulher do século 21.
“Chegamos a muitas conquistas em um século de lutas pelos direitos das mulheres, porém ainda há muita caoisa a se conquistar. Trabalhamos em condições bem inferiores a dos homens e temos uma participação muito pequena no âmbito político. É necessário avançar mais ainda”, ressaltou a deputada.
Outra reivindicação das manifestantes foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário e aumenta para 75% o valor da hora extra.
No âmbito municipal, o ato público trouxe à tona a discussão acerca da criação do Fórum Municipal de Mulheres.
Integrante do Fórum Maranhense de Mulheres, Eunice Costa, de 39 anos disse que a criação da versão municipal do fórum, iniciada há 3 anos, deve ser consolidada e que é fundamental para a implementação de novas políticas públicas para as mulheres.
“O fórum é um espaço democrático e propício para a discussão sobre políticas públicas para nós mulheres. Ainda temos muito o que conquistar, e um espaço como o Fórum Municipal de Mulheres dará mais força à nossa luta, servindo como uma forma de pressionar o poder público a implementar essas políticas públicas”, esclarece.
Secretaria Municipal da Mulher
A vereadora Rose Sales aproveitou o momento para anunciar a proposta de criação da Secretaria Municipal da Mulher.
“Apesar de a criação da Secretaria Municipal da Mulher ser uma ação do executivo, cabe a nós, enquanto representantes da sociedade civil, nos organizarmos em torno dessa proposta. Para isso, vamos fazer um abaixo-assinado para exigir a criação do órgão”, informou a vereadora.
Rose Sales ressaltou que a criação da secretaria significa a institucionalização das lutas por políticas públicas para as mulheres ludovicenses.
Origem do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
quarta-feira, 3 de março de 2010
Avenida dos Franceses é um perigo para quem vai atravessá-la
Foto: A. Baêta
Atravessar a Avenida dos Franceses, em frente ao Terminal Rodoviário de São Luis, virou uma aventura muito perigosa e tem como resultado vários acidentes, alguns com vítimas fatais.
O perigo deve-se à danificações no alambrado localizado sobre o canteiro central da avenida. A proteção foi instalada com o objetivo de evitar que pedestres atravessem a via fora da faixa de pedestres. Porém com os buracos abertos no alambrado, há cerca de dois anos, muitas pessoas passam por eles e arriscam-se numa travessia perigosa.
A imprudência tem sido observada constantemente por vendedores ambulantes, taxistas e demais pessoas próximas à rodoviária.
A vendedora Maria do Socorro Rodrigues, de 48 anos, trabalha em frente ao terminal rodoviário há mais de 20 anos e conta que já observou muitos acidentes na travessia da avenida. Ela diz que apenas o alambrado não é suficiente para evitar os desastres.
“Se consertarem o alambrado, os acidentes podem até diminuir, mas o certo mesmo era ter, pelo menos, um guarda de trânsito orientando motoristas e pedestres aqui”, observou.
Para Maria, as imprudências no local devem-se porque o movimento no local é na sua maioria, de pessoas do interior do estado, que chegam à capital desacompanhadas e não encontram nenhuma orientação na travessia da avenida.
Em alguns instantes no local, a equipe de reportagem de O Imparcial Online presenciou algumas pessoas aventurando-se entre os carros para passar de um lado para o outro da avenida, como o motorista Weberth Brandão, de 32 anos, que mora em Bacabal, mas sempre vem a São Luis.
Brandão, que estava acompanhado da esposa e filha, disse que atravessou fora da faixa porque estava apressado.
“Estou chegando agora aqui em São Luis, e estou um pouco apressado para ir até a faixa de pedestres”, explicou.
Passarela suspensa
Antes do alambrado, a travessia no trecho da Avenida dos Franceses era feita por meio de uma passarela de ferro suspensa. A estrutura, porém foi retirada do local há cerca de seis anos. A retirada acoanteceu pela pouca utilização dos pedestres. A informação é da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).
O caldeireiro Márcio Sousa, de 56 anos, diz que a retirada da estrutura, e a instalação do alambrado são ações que não diminuíram em nada os acidentes. Ele defende que a única iniciativa que poderia evitar as ocorrências seria uma melhor sinalização e fiscalização no local.
“Não adiantou em nada retirar a passarela, isso foi apenas uma forma de ‘cobrir o sol com a peneira’, não resolveu nada. O que precisa é de uma sinalização e fiscalização eficiente”, sugestiona.
Acidente fatal e mobilização
Após o último acidente ocorrido na Avenida dos Franceses, que resultou na morte do vendedor ambulante conhecido como “Zé do Queijo”, no mês de fevereiro, a Associação dos Comerciantes, Prestadores de Serviços e Usuários do Terminal Rodoviário de São Luís (Rodoservice), agentes de viagens que trabalham no terminal rodoviário, Sindicato dos Carregadores, taxistas e a União dos Moradores da Vila Lobão uniram-se no intuito de cobrar do poder público, reparos no alambrado que serve de proteção.
O coordenador do Departamento Ação Social e Cultural da Rodoservice, Raimundo Nonato Polary Pisk, informou que um ofício com a solicitação teria sido enviado à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).
Além do conserto do alambrado, as entidades solicitam, também, a construção de redutores de velocidade nos dois sentidos da via.
Atravessar a Avenida dos Franceses, em frente ao Terminal Rodoviário de São Luis, virou uma aventura muito perigosa e tem como resultado vários acidentes, alguns com vítimas fatais.
O perigo deve-se à danificações no alambrado localizado sobre o canteiro central da avenida. A proteção foi instalada com o objetivo de evitar que pedestres atravessem a via fora da faixa de pedestres. Porém com os buracos abertos no alambrado, há cerca de dois anos, muitas pessoas passam por eles e arriscam-se numa travessia perigosa.
A imprudência tem sido observada constantemente por vendedores ambulantes, taxistas e demais pessoas próximas à rodoviária.
A vendedora Maria do Socorro Rodrigues, de 48 anos, trabalha em frente ao terminal rodoviário há mais de 20 anos e conta que já observou muitos acidentes na travessia da avenida. Ela diz que apenas o alambrado não é suficiente para evitar os desastres.
“Se consertarem o alambrado, os acidentes podem até diminuir, mas o certo mesmo era ter, pelo menos, um guarda de trânsito orientando motoristas e pedestres aqui”, observou.
Para Maria, as imprudências no local devem-se porque o movimento no local é na sua maioria, de pessoas do interior do estado, que chegam à capital desacompanhadas e não encontram nenhuma orientação na travessia da avenida.
Em alguns instantes no local, a equipe de reportagem de O Imparcial Online presenciou algumas pessoas aventurando-se entre os carros para passar de um lado para o outro da avenida, como o motorista Weberth Brandão, de 32 anos, que mora em Bacabal, mas sempre vem a São Luis.
Brandão, que estava acompanhado da esposa e filha, disse que atravessou fora da faixa porque estava apressado.
“Estou chegando agora aqui em São Luis, e estou um pouco apressado para ir até a faixa de pedestres”, explicou.
Passarela suspensa
Antes do alambrado, a travessia no trecho da Avenida dos Franceses era feita por meio de uma passarela de ferro suspensa. A estrutura, porém foi retirada do local há cerca de seis anos. A retirada acoanteceu pela pouca utilização dos pedestres. A informação é da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).
O caldeireiro Márcio Sousa, de 56 anos, diz que a retirada da estrutura, e a instalação do alambrado são ações que não diminuíram em nada os acidentes. Ele defende que a única iniciativa que poderia evitar as ocorrências seria uma melhor sinalização e fiscalização no local.
“Não adiantou em nada retirar a passarela, isso foi apenas uma forma de ‘cobrir o sol com a peneira’, não resolveu nada. O que precisa é de uma sinalização e fiscalização eficiente”, sugestiona.
Acidente fatal e mobilização
Após o último acidente ocorrido na Avenida dos Franceses, que resultou na morte do vendedor ambulante conhecido como “Zé do Queijo”, no mês de fevereiro, a Associação dos Comerciantes, Prestadores de Serviços e Usuários do Terminal Rodoviário de São Luís (Rodoservice), agentes de viagens que trabalham no terminal rodoviário, Sindicato dos Carregadores, taxistas e a União dos Moradores da Vila Lobão uniram-se no intuito de cobrar do poder público, reparos no alambrado que serve de proteção.
O coordenador do Departamento Ação Social e Cultural da Rodoservice, Raimundo Nonato Polary Pisk, informou que um ofício com a solicitação teria sido enviado à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).
Além do conserto do alambrado, as entidades solicitam, também, a construção de redutores de velocidade nos dois sentidos da via.
terça-feira, 2 de março de 2010
Acordo põe fim em paralisação da Taguatur
Foto: Gilson Teixeira
Uma reunião realizada na manhã dessa terça-feira, 2, entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA) e da empresa Taguatur Transportes conseguiu pôr fim à ameaça de greve dos motoristas e cobradores da empresa de ônibus.
A reunião aconteceu na sede do Sindicato das Empresas de Transportes (SET), no bairro do Apicum. A gerente administrativa do Sindicato dos Rodoviários, Shintya Serrão informou que a paralisação prevista para a quarta-feira, 3, foi evitada após um acordo feito entre as patrões e empregados.
No acordo, a empresa comprometeu-se em atender algumas reivindicações dos rodoviários, como o fim da cobrança por perdas em assaltos, contratação de mais funcionários e diminuição da jornada de trabalho. A empresa comprometeu-se ainda em construir guaritas completas nos pontos finais do Gapara e Gancharia, além de equipar as que já existem com banheiros e bebedouros e disponibilizar um prestador de conta na garagem depois das 17 horas.
Ainda de acordo com Shintya Serrão, algumas dessas medidas já teriam sido cumpridas pela Taguatur. A empresa já teria devolvido o dinheiro cobrado por assaltos aos motoristas e cobradores e também já teria disponibilizado o Prestador de Contas na garagem no horário acertado.
Sobre a reforma e construção de novas guaritas nos pontos finais, o sindicato estipulou o prazo de um mês para que a empresa possa cumprir a medida.
Uma reunião realizada na manhã dessa terça-feira, 2, entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA) e da empresa Taguatur Transportes conseguiu pôr fim à ameaça de greve dos motoristas e cobradores da empresa de ônibus.
A reunião aconteceu na sede do Sindicato das Empresas de Transportes (SET), no bairro do Apicum. A gerente administrativa do Sindicato dos Rodoviários, Shintya Serrão informou que a paralisação prevista para a quarta-feira, 3, foi evitada após um acordo feito entre as patrões e empregados.
No acordo, a empresa comprometeu-se em atender algumas reivindicações dos rodoviários, como o fim da cobrança por perdas em assaltos, contratação de mais funcionários e diminuição da jornada de trabalho. A empresa comprometeu-se ainda em construir guaritas completas nos pontos finais do Gapara e Gancharia, além de equipar as que já existem com banheiros e bebedouros e disponibilizar um prestador de conta na garagem depois das 17 horas.
Ainda de acordo com Shintya Serrão, algumas dessas medidas já teriam sido cumpridas pela Taguatur. A empresa já teria devolvido o dinheiro cobrado por assaltos aos motoristas e cobradores e também já teria disponibilizado o Prestador de Contas na garagem no horário acertado.
Sobre a reforma e construção de novas guaritas nos pontos finais, o sindicato estipulou o prazo de um mês para que a empresa possa cumprir a medida.
Moradores padecem com falta d'água no Residencial Paraiso
Água na torneira de casa é coisa rara para os moradores do bairro Residencial Paraíso, na área Itaqui-Bacanga. Eles reclamam que a irregularidade no abastecimento é um problema existente desde que o bairro foi fundado.
“É sempre assim, dá água um dia e passa vários ser vir uma gota sequer”, reclama o morador José Ribamar Silva, de 37 anos.
Para poder realizar as necessidades diárias, moradores têm que comprar a água de carroceiros ou caminhar bastante carregando garrafas d´água em carros de mão. A situação de compra d’água é vivida diariamente pela moradora Graciele Conceição, de 24 anos. Ela diz que chega a gastar cerca de R$ 200 por mês com água.
“Um tonel d´água custa R$ 7. Como utilizo a água para tomar banho, cozinhar e beber, um tonel dá apenas para um dia. Dessa forma tenho que comprar água todo dia, ou pelo menos quando tenho dinheiro. O gasto é muito alto, chego a gastar R$ 200 ou até mais por mês”, conta a moradora.
Andiara Castro, de 25 anos não precisa comprar água, porém caminha cerca de quatro quilômetros por dia para conseguir água suficiente para as necessidades diárias da família.
Ela conta que mora a uma distância de 400 metros do local onde fica o cano geral do sistema de abastecimento e chega a fazer 10 viagens por dia. É do cano geral que Andiara e demais moradores buscam água, inclusive os carroceiros que ganham um trocado vendendo o líquido para pessoas que residem a uma distância maior do local.
“É muito cansativo. Mais não tem outro jeito. Não posso ficar sem água”, queixa-se a moradora.
Enquanto muitos moradores reclamam a falta d’água, uma fila de carroças chega a se formar próximo ao cano geral. Eles contam que chegam a ganhar R$ 70 por dia, ou até mais com o transporte de tonéis de água para moradores que não podem ir até o local.
“Água aqui é ouro. E para nós que carregamos para outras pessoas é bem compensatório. Como cobro R$ 7 por tonel e chego a fazer 10 viagens diariamente, dá para tirar um bom dinheirinho ao final do dia”, comemora o carroceiro Eduardo Augusto, de 32 anos.
A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão informou que uma equipe seria enviada ao bairro para fazer um levantamento técnico do problema e tomar as devidas providências.
“É sempre assim, dá água um dia e passa vários ser vir uma gota sequer”, reclama o morador José Ribamar Silva, de 37 anos.
Para poder realizar as necessidades diárias, moradores têm que comprar a água de carroceiros ou caminhar bastante carregando garrafas d´água em carros de mão. A situação de compra d’água é vivida diariamente pela moradora Graciele Conceição, de 24 anos. Ela diz que chega a gastar cerca de R$ 200 por mês com água.
“Um tonel d´água custa R$ 7. Como utilizo a água para tomar banho, cozinhar e beber, um tonel dá apenas para um dia. Dessa forma tenho que comprar água todo dia, ou pelo menos quando tenho dinheiro. O gasto é muito alto, chego a gastar R$ 200 ou até mais por mês”, conta a moradora.
Andiara Castro, de 25 anos não precisa comprar água, porém caminha cerca de quatro quilômetros por dia para conseguir água suficiente para as necessidades diárias da família.
Ela conta que mora a uma distância de 400 metros do local onde fica o cano geral do sistema de abastecimento e chega a fazer 10 viagens por dia. É do cano geral que Andiara e demais moradores buscam água, inclusive os carroceiros que ganham um trocado vendendo o líquido para pessoas que residem a uma distância maior do local.
“É muito cansativo. Mais não tem outro jeito. Não posso ficar sem água”, queixa-se a moradora.
Enquanto uns choram, outros faturam
Enquanto muitos moradores reclamam a falta d’água, uma fila de carroças chega a se formar próximo ao cano geral. Eles contam que chegam a ganhar R$ 70 por dia, ou até mais com o transporte de tonéis de água para moradores que não podem ir até o local.
“Água aqui é ouro. E para nós que carregamos para outras pessoas é bem compensatório. Como cobro R$ 7 por tonel e chego a fazer 10 viagens diariamente, dá para tirar um bom dinheirinho ao final do dia”, comemora o carroceiro Eduardo Augusto, de 32 anos.
A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão informou que uma equipe seria enviada ao bairro para fazer um levantamento técnico do problema e tomar as devidas providências.
Proprietários de bares na Ponta d'Areia estão ameaçados pela força das marés
“A maré não está pra peixe” na orla marítima de São Luis. Nem pra peixe e muito menos para banhistas e donos de bares. Na manhã da última segunda-feira, as marés chegaram à altura de 6,4 metros nas praias da capital. A força das ondas chegaram a quebrar as barreiras de segurança de bares mais próximos a água na Praia da Ponta d’Areia e deixaram os proprietários dos estabelecimentos assustados.
Maria do Carmo, de 60 anos, dona de um bar, conta que em 30 anos de atividade na Ponta d’Areia essa foi uma das maiores marés que já presenciou.
“Foi muita água. Lavou todo o meu bar. As ondas de ontem só não foi mais fortes do que a de 1983. A água Invadiu meu bar, atravessou e chegou até a rua”, lembra.
Maria reclama também dos gastos que é obrigada a ter com barricadas para conter a água da maré.
“Não tenho mais condição para mandar arrumar barricadas para conter a água. Já gastei muito dinheiro com sacos de areia e pneus. O pior é que ninguém olha para o nosso problema”, queixa-se a proprietária.
Ela relata ainda que nesse período de alta nas marés, o movimento no bar sempre tende a diminuir. Isso acontece, segundo Maria, porque os clientes ficam assustados com as ondas.
Outro dono de bar prejudicado com as ondas é Aldenor Ribeiro, de 70 anos, que além de trabalhar na Ponta d’Areia, também mora no local há cerca de 40 anos. Ele conta que chegou a gastar mais de R$ 6 mil com a construção de uma calçada para evitar que a água invadisse e danificasse o bar.
“Por enquanto, o meu investimento na calçada tem valido a pena. A água bate na calçada e volta. Mas não sei até quando isso acontecerá, porque pode ter ondas ainda maiores que a de ontem. Até agora, as ondas só afetaram os donos de bares, mas se nada for feito, os prédios da avenida também serão atingidos”, alerta.
Na manhã desta terça-feira, 2, donos de bares apressavam-se em aumentar o número de sacos de areia na encosta próxima aos pontos comerciais com medo da água.
Gregório Ferreira, de 37 anos e Carlos Augusto, de 32 disseram que na barricada montada próximo ao bar da tia de um deles já continha cerca de 1.000 sacos, mas a onda ocorrida na segunda-feira fez com que eles cuidassem em aumentar esse número, para tentar proteger o ponto.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) informou que ainda em março, será lançado o edital para a construção de um espigão na área da Ponta da Areia. A Sinfra informou ainda que a obra resolverá o problema de erosão na orla, que tem se agravado nos últimos meses devido à força da maré, ameaçando bares e prédios localizados à beira da praia.
Além da erosão, a medida conterá também o assoreamento do canal existente entre a península e o banco de minerva - espécie de banco de areia, na Ponta d'areia.
Maria do Carmo, de 60 anos, dona de um bar, conta que em 30 anos de atividade na Ponta d’Areia essa foi uma das maiores marés que já presenciou.
“Foi muita água. Lavou todo o meu bar. As ondas de ontem só não foi mais fortes do que a de 1983. A água Invadiu meu bar, atravessou e chegou até a rua”, lembra.
Maria reclama também dos gastos que é obrigada a ter com barricadas para conter a água da maré.
“Não tenho mais condição para mandar arrumar barricadas para conter a água. Já gastei muito dinheiro com sacos de areia e pneus. O pior é que ninguém olha para o nosso problema”, queixa-se a proprietária.
Ela relata ainda que nesse período de alta nas marés, o movimento no bar sempre tende a diminuir. Isso acontece, segundo Maria, porque os clientes ficam assustados com as ondas.
Outro dono de bar prejudicado com as ondas é Aldenor Ribeiro, de 70 anos, que além de trabalhar na Ponta d’Areia, também mora no local há cerca de 40 anos. Ele conta que chegou a gastar mais de R$ 6 mil com a construção de uma calçada para evitar que a água invadisse e danificasse o bar.
“Por enquanto, o meu investimento na calçada tem valido a pena. A água bate na calçada e volta. Mas não sei até quando isso acontecerá, porque pode ter ondas ainda maiores que a de ontem. Até agora, as ondas só afetaram os donos de bares, mas se nada for feito, os prédios da avenida também serão atingidos”, alerta.
Na manhã desta terça-feira, 2, donos de bares apressavam-se em aumentar o número de sacos de areia na encosta próxima aos pontos comerciais com medo da água.
Gregório Ferreira, de 37 anos e Carlos Augusto, de 32 disseram que na barricada montada próximo ao bar da tia de um deles já continha cerca de 1.000 sacos, mas a onda ocorrida na segunda-feira fez com que eles cuidassem em aumentar esse número, para tentar proteger o ponto.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) informou que ainda em março, será lançado o edital para a construção de um espigão na área da Ponta da Areia. A Sinfra informou ainda que a obra resolverá o problema de erosão na orla, que tem se agravado nos últimos meses devido à força da maré, ameaçando bares e prédios localizados à beira da praia.
Além da erosão, a medida conterá também o assoreamento do canal existente entre a península e o banco de minerva - espécie de banco de areia, na Ponta d'areia.
Sujeira, mau cheiro e reclamação na Feira do Anjo da Guarda
Muita sujeira, mau cheiro e reclamação de comerciantes. Essa é a situação da Travessa do Mercado, no bairro Anjo da Guarda. Todo o problema é decorrente de um depósito que deveria ser utilizado pelos feirantes para colocar os restos de alimentos para que o carro da limpeza pública recolha ao fim do dia, porém eles preferem jogar o lixo no meio da rua.
“Todos nós que temos algum ponto comercial perto desse depósito temos que conviver com esse mau cheiro diariamente. Meus clientes reclamam demais”, conta Lucileide Cutrim, de 29 anos.
Ela tem um restaurante no local e diz que a culpa é tanto dos feirantes, quanto da administração da feira que não faz nada para coibir a ação dos comerciantes.
Lucileide informa que até já entrou na justiça contra a administração da feira. Segundo a comerciante, falta educação por parte dos feirantes, mas o problema poderia ser amenizado se o local fosse limpo regularmente, o que não acontece, segundo ela denunciou.
A administradora do mercado, Flor de Lys Almeida, de 60 anos, defende-se e diz que até paga uma pessoa para fazer a limpeza do depósito diariamente.
“Não tenho culpa se os feirantes e até pessoas que moram perto da feira acabam jogando lixo fora e não dentro do depósito. Todas as noites, o carro da limpeza recolhe o lixo. Além disso, ainda pago uma pessoa para lavar o local todo dia”, esclarece.
Flor de Lys disse ainda que, mandou escrever um letreiro na parede do depósito, deixando claro que o local é exclusivo para os feirantes e pedindo para que os usuários do depósito não coloque lixo no chão.
Ainda segundo ela, é normal que a lixeira amanheça com maior quantidade de lixo nas segundas-feiras por causa do não recolhimento dos dejetos na noite de domingo, mas que a coleta é feita nas manhãs da segunda-feira.
“Todos nós que temos algum ponto comercial perto desse depósito temos que conviver com esse mau cheiro diariamente. Meus clientes reclamam demais”, conta Lucileide Cutrim, de 29 anos.
Ela tem um restaurante no local e diz que a culpa é tanto dos feirantes, quanto da administração da feira que não faz nada para coibir a ação dos comerciantes.
Lucileide informa que até já entrou na justiça contra a administração da feira. Segundo a comerciante, falta educação por parte dos feirantes, mas o problema poderia ser amenizado se o local fosse limpo regularmente, o que não acontece, segundo ela denunciou.
A administradora do mercado, Flor de Lys Almeida, de 60 anos, defende-se e diz que até paga uma pessoa para fazer a limpeza do depósito diariamente.
“Não tenho culpa se os feirantes e até pessoas que moram perto da feira acabam jogando lixo fora e não dentro do depósito. Todas as noites, o carro da limpeza recolhe o lixo. Além disso, ainda pago uma pessoa para lavar o local todo dia”, esclarece.
Flor de Lys disse ainda que, mandou escrever um letreiro na parede do depósito, deixando claro que o local é exclusivo para os feirantes e pedindo para que os usuários do depósito não coloque lixo no chão.
Ainda segundo ela, é normal que a lixeira amanheça com maior quantidade de lixo nas segundas-feiras por causa do não recolhimento dos dejetos na noite de domingo, mas que a coleta é feita nas manhãs da segunda-feira.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Carro levado ao conserto cai na vala e fica boiando no esgoto na Areinha
Ao levar o veículo a um mecânico conhecido, na manhã desta segunda-feira, 1º, o técnico em refrigeração, Alcino Alves, de 46 anos, não imaginava que o carro iria ficar boiando dentro de uma imensa vala de esgoto, na Avenida 1 do bairro da Areinha.
Alcino contou que havia deixado o carro outras vezes para conserto com o mecânico, identificado apenas por “Cabelo Fino”. Dessa vez ele levou o automóvel para um reparo no sistema de som. Mesmo que este não tivesse na oficina e sim no meio da rua.
“Esse rapaz trabalhava em uma oficina onde eu já havia feito uns reparos no meu carro. Quando o encontrei na rua, não vi problema entregar o veículo para que ele levasse à oficina e consertasse. Porém, não sei o que ele fez que acabou jogando meu carro nessa vala”, disse.
Alcino disse que estava no serviço, quando Cabelo Fino, chegou para avisa-lo que havia caído com o carro em uma vala de esgoto.
“Quando ele me contou o que havia acontecido tomei um grande susto, mas achei que ele estava brincando. Só fui acreditar quando vi”, complementou.
A jovem Sauliane Soares, de 18 anos, que mora próximo ao local do acidente, contou que o mecânico teria tentado desviar de um buraco, perdido o controle do carro e caído na vala.
A versão da testemunha é a mesma do mecânico, que preferiu não falar sobre o acidente, mas teria dado essa versão ao proprietário do carro.
Sobre os prejuízos, Alcino Alves, disse que ele mesmo terá que cobrir, uma vez que não entregou o carro direto para a oficina, não podendo cobrar nada. Ele falou ainda que, como comprou o veículo de segunda mão há uns dois meses, não sabe se o automóvel tem seguro.
Para retirar o carro da vala, um caminhão-reboque foi chamado. Porém como era necessário prender o gancho ao veículo, foi preciso que um “voluntário” mergulhasse na água suja para realizar o serviço.
Além de inusitada, a cena foi também preocupante para quem a presenciava. Isso porque, o risco de contrair doenças na água do esgoto é muito grande. Mesmo assim, o jovem, que não foi identificado, se dispôs ao serviço e mergulhou no esgoto para resgatar o veículo.
Alcino contou que havia deixado o carro outras vezes para conserto com o mecânico, identificado apenas por “Cabelo Fino”. Dessa vez ele levou o automóvel para um reparo no sistema de som. Mesmo que este não tivesse na oficina e sim no meio da rua.
“Esse rapaz trabalhava em uma oficina onde eu já havia feito uns reparos no meu carro. Quando o encontrei na rua, não vi problema entregar o veículo para que ele levasse à oficina e consertasse. Porém, não sei o que ele fez que acabou jogando meu carro nessa vala”, disse.
Alcino disse que estava no serviço, quando Cabelo Fino, chegou para avisa-lo que havia caído com o carro em uma vala de esgoto.
“Quando ele me contou o que havia acontecido tomei um grande susto, mas achei que ele estava brincando. Só fui acreditar quando vi”, complementou.
A jovem Sauliane Soares, de 18 anos, que mora próximo ao local do acidente, contou que o mecânico teria tentado desviar de um buraco, perdido o controle do carro e caído na vala.
A versão da testemunha é a mesma do mecânico, que preferiu não falar sobre o acidente, mas teria dado essa versão ao proprietário do carro.
Sobre os prejuízos, Alcino Alves, disse que ele mesmo terá que cobrir, uma vez que não entregou o carro direto para a oficina, não podendo cobrar nada. Ele falou ainda que, como comprou o veículo de segunda mão há uns dois meses, não sabe se o automóvel tem seguro.
Voluntário destemido
Para retirar o carro da vala, um caminhão-reboque foi chamado. Porém como era necessário prender o gancho ao veículo, foi preciso que um “voluntário” mergulhasse na água suja para realizar o serviço.
Além de inusitada, a cena foi também preocupante para quem a presenciava. Isso porque, o risco de contrair doenças na água do esgoto é muito grande. Mesmo assim, o jovem, que não foi identificado, se dispôs ao serviço e mergulhou no esgoto para resgatar o veículo.
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